DYNASTY

• Capítulo Vinte-Sete - Não queria que tivesse que acabar

• ARIANA GRANDE •
— Toronto, Canadá.

Justin havia ido embora e com isso, havia deixado uma sensação enorme de falta em mim. Ele estava a cada dia ganhando mais espaço na minha vida e ao mesmo tempo que isso ainda me deixava assustada, me deixava ainda mais animada para viver isso.

Tivemos um dia incrível e eu queria que ele tivesse ficado mais, mas também sabia que ele ainda tinha uma casa para voltar, o que mudaria quando nós nos casassemos porque teríamos uma casa só nossa e ele nunca teria que ir embora da minha vida.

E com a sua partida, deixou ainda mais evidente para mim que era a hora de ter a conversa desconfortável com a minha mãe.

— Não tinha notado você aí. — Ela comenta quando me nota parada na sala de estar.

Minha mãe está sentada no sofá e segura uma revista em suas mãos.

— Acho que precisamos conversar. — Me aproximo mais dela e ocupo o lugar vago ao seu lado no sofá.

— Achei que era um pedido de desculpas. — Ela suspira pesado.

É inacreditável estar ouvindo isso.

— Você nunca me deu um. — Sou sincera. — Você pode dizer o que quiser a si mesma, mas o que vocês fizeram com a gente não está certo.

— Vocês estão se dando bem agora, estão construindo um amor, os negócios vão melhorar, então me diga onde eu errei? — Ela questiona.

Como ela podia não entender?

— Justin e eu podemos estar nos dando bem agora, estarmos tentando construir um amor como os pais dele fizeram antes, mas isso não quer dizer que os motivos pelos quais vocês juntaram nós dois foi certo. — Ergo a sobrancelha. — Eu não vim aqui para brigar com você, mas se você quer um pedido de desculpas quando você me fez passar pelo o que fez, você não terá um e definitivamente vamos brigar.

— Você não é mãe, mas quando for um dia, saberá que só estou pensando no que é o melhor para você. — Ela bufa. — Não existe nada que uma queira mais para o seu filho do que o melhor que a vida pode oferecer.

— Eu sou uma adulta, acha mesmo que não posso decidir o que é o melhor para mim? — Questiono.

Ela fica parada me encarando.

— Você pode querer o melhor para mim, mas não há como você decidir isso porque não necessariamente o que você quer para mim é o que eu desejo para mim mesma. — Reviro os olhos. — Eu sou sua filha, mas isso não significa que você pode decidir a minha vida e me dizer que está fazendo tudo isso pelo o meu bem não é uma desculpa o suficiente.

— Ariana..

— Você acha que merece um pedido de desculpas, mas acha mesmo que eu não? — Eu ri, sem humor. — Não vou retirar o que eu disse, eu ainda não sou mãe, mas se um dia eu for, meus filhos não seram negócios para mim porque eu vou fazer questão de dar a eles as escolhas que eu não tive, porque só eu sei o quão mal eu me senti por ver os meus pais as tirando de mim.

— Você tem razão. — Ela fala, mesmo parecendo que isso está custando tudo, quase como se ela não quisesse me dizer isso nunca. — Me desculpe.