Capítulo 5

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Letícia

Cinco meses que eu arrumei esse emprego e Teresa pode ser considerada a pior colega de trabalho, extremamente exigente, grita demais e idolatra os patrões, mas esse não é o pior dos meus problemas.

Alexandre tem uma semana que me olha de uma forma estranha, está sempre por perto, me observando, caí na besteira de comentar com Teresa que estava incomodada, mas a imbecil disse que eu estava vendo coisas, e ainda ficou insinuando que eu estava flertando com o patrão.

Hoje estou fechando o caixa, ela saiu mais cedo pois a filha teria uma consulta, me assustei quando ouvi passos no corredor, imaginei que estivesse sozinha, Teresa me disse que eu ficaria sozinha, eu fui fazer o serviço de banco antes dela sair.

Meu corpo começou a tremer quando ouvi assobios, era uma melodia e eu sabia que era Alexandre.

- Ainda aqui? - Ele perguntou parando no corredor com as mãos no bolso.

- Já estou indo, senhor. - Mesmo que Teresa grite horrores amanhã, não vou terminar, vou deixar tudo assim.

No segundo que virei para pegar minha bolsa, senti o corpo grande de Alexandre atrás de mim.

- Está com pressa por que? - Ele fedia a cigarro e sua voz me deu medo.

- Tenho um compromisso. - Menti tentando me afastar, mas sem sucesso.

- Eu acho que seu compromisso hoje é outro, gracinha. - Meus olhos começam a lacrimejar enquanto o medo me
envolve, fazendo meu coração disparar.

Desesperada tentei sair dali, mas foi em vão. Alexandre segurou meus cabelos e puxou.

- Quietinha vadia.

- Me solta. - Gritei chorando.

- Pode gritar a vontade, todo mundo já foi, só tem nós dois aqui. - Ele me segurou pela cintura enquanto eu tentava me soltar dos seus apertos.

- Não, não.

- Não adianta lutar e você sabe disso. - Zomba, me arrastando para sua sala.

Eu gritava em plenos pulmões enquanto chorava, senti um terror arrepiante correndo pelo meu corpo quando ele abriu a porta da sua sala, eu sabia que algo terrível estava prestes a acontecer. Alexandre me coloca no chão, mas não tenho tempo para correr, ele rapidamente fecha a porta e caminha na minha direção.

- Meses esperando por isso gracinha.

Eu recuava a cada passo que ele dava enquanto abria seu cinto, minhas lágrimas rolavam livremente, até que meu corpo bateu contra a parede.

Alexandre com um sorriso perverso abria os botões de sua camisa enquanto eu olhava para a porta, minha única saída. Quando seu corpo está próximo do meu, acerto seu estômago e corro até a porta, mas ele parecia saber meu plano e imediatamente me pegou pelos cabelos me fazendo gritar por conta da dor excruciante.

- Sua putinha do caralho. - Meu corpo bateu no dele. - E ainda é fraquinha, esse saquinho não fez cócegas, mas os socos que vou dar na sua buceta vai te fazer ver estrelas.

- Me solta seu nojento.

Meu corpo foi jogado para o sofá, Alexandre pegou sua gravata e amarrou meus pulsos, quando me virou sorrindo fez questão de desabotoar a camisa do uniforme que eu usava com cuidado.

- Olho para mim ou vai ser pior. - Senti seus dedos em meu queixo. - Tenho certeza que você nunca viu um pau antes.

- Por favor, não faça isso. - Suplico, mas ele sorri.

- Nenhuma súplica fará você escapar hoje gracinha. - Ele mantém uma mão em meu queixo apertando enquanto a outra liberta meu seio do sutiã que uso. - E não adianta abrir o bico, ninguém vai acreditar em você.

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