Capítulo 44

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Matheus

Aprendi que a vida é o nosso bem mais precioso, é tão forte e capaz de mudar o mundo. Mas ao mesmo tempo é tão frágil, e capaz de terminar em um segundo. Tudo que eu quero é a partir de agora tornar meus momentos com Letícia e minhas filhas, mágico. Fazendo as três felizes e sendo feliz.

Me assustei com uma mão em meu ombro, sorri ao encontrar Meirele.

- Você terminou? - Concordei.

Deixei o vidro de álcool no suporte e coloquei o colchonete limpo no lugar.

- Aconteceu algo? - Perguntei e Meirele sorriu.

- Sim, quero te fazer uma proposta. - Estreitei os olhos. - Eu já estava estudando essa possibilidade com minha irmã.

E ouvir que ela quer fazer trouxe uma esperança, mas isso é só o começo. Depois de conversar com Letícia, passamos a tarde planejando, calculando, tudo para não meter os pés pelas mãos.

- Que foi? - Virei rapidamente para ela enquanto dirigia. - Você está distante. - Segurei sua mão e levei aos lábios.

- Só feliz que agora tudo está caminhando para dar certo.

- Devagar vamos organizar tudo. - Letícia sorriu enquanto deslizava sua mão pela minha coxa.

- Não quero resolver devagar. - Pisquei sorrindo. - Você me prometeu algo, lembra? - Concordou com os olhos brilhando.

- Claro que lembro, para onde estamos indo? - Olhou curiosa pela janela ao perceber que estamos na rodovia da praia.

- Escolhi um barzinho perto da praia, tem algum problema? - Apoiei minha mão em sua coxa e apertei levemente.

- Não, quer dizer sim. - Suspirou. - Se tivesse dito eu teria colocado uma calça, sei lá.

- Você está linda nesse vestido. - Senti sua pele arrepiar a medida que meus dedos deslizavam em sua coxa.

- Não está muito exagerado? - Neguei e vi seu sorriso tímido.

Procurei uma vaga e estacionei quase na frente barzinho que iríamos ficar. Enquanto Letícia ajeitava seu cabelo, desci e dei a volta para abrir a porta e a ajudar.

- Todo seu. - Coloquei a chave do carro na sua mão.

- Sinal que eu vou ter que te ajudar a subir as escadas? - Mordeu o lábio inferior com um leve sorriso.

Envolvi meus braços em sua cintura e beijei seu pescoço e ombro, passando minha barba, sentindo o aperto em meus braços. Sorri contra sua pele quando involuntariamente, minha menina deixou escapar um pequeno gemido.

- Negativo, nossa noite não vai terminar aqui. - Afastei e segurei seu queixo delicado. - Temos um treinamento intensivo. - Pisquei e Letícia sorriu alto.

De mãos dadas atravessamos a rua, o tempo estava uma delícia, uma brisa gostosa. O barzinho que escolhi é de um conhecido, gosto daqui porque o ambiente é bem família, música boa, local bem agradável. Vitor estava atendendo uma mesa, sorriu ao me ver e fez sinal que logo viria.

- Você quer ficar aqui ou lá dentro? - Perguntei enquanto Letícia olhava tudo com um sorriso.

- Aqui mesmo amor. - Com um sorriso puxei a cadeira para ela sentar e em seguida uni mais duas mesas a nossa.

- Pronto. - Passei meu braço pelo seu ombro. - Gostou daqui? - Perguntei quando Lê ajeitou seu corpo próximo do meu.

- Sim. - Virou o rosto então aproveitei para roubar um beijo.

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