Ligados pelo acaso

Capítulo 43

Letícia

Deixei Michele com um sorriso, subi as escadas e encontrei a porta do quarto aberta, a roupa de Matheus estava sobre a cama, sorri enquanto peguei e caminhei para o banheiro.

Ele estava de costas, a espuma escorria de seus cabelos, enquanto colocava a roupa no cesto observei seus movimentos, seu corpo mordendo o lábio.

- Vem. - Pisquei balançando a cabeça ao ouvir sua voz.

- Negativo. - Ele virou com um sorriso. - Vamos desembucha. - Cruzei meus braços enquanto ele me observava com um sorriso sugestivo.

Ele seguiu seu banho sem tirar os olhos dos meus, tentei manter minha postura, mas foi impossível não acompanhar suas mãos, fiquei com a respiração pesada quando ele foi deslizando até chegar meu membro que estava parcialmente rígido.

- Se você continuar me olhando assim. - Me assustei e Matheus sorriu.

- Você está me distraindo. - Ele riu alto enquanto ligava o chuveiro.

- Meirele vai embora para Dublin com os filhos.

- Sério? - Concordou desligando o chuveiro assim que retirou todo o sabão. - E ela vai trabalhar em que? - Perguntei enquanto entregava a toalha.

- Na Irlanda, ela tem a possibilidade de validar o diploma e atuar na área de formação. - Sorri. - Letícia que cara é essa?

Matheus perguntou intrigado enquanto enrolava a toalha na cintura.

- Não seria uma má ideia ir com Meirele? - Provoquei segurando a vontade de sorrir.

O olhar de Matheus mudou e seu sorriso sumiu, dei dois passos e apoiei as mãos em seu peito úmido.

- Estou brincando amor, eu não pretendo sair do seu lado. - Ele envolveu minha cintura.

- Não brinca assim. - Encostei meus lábios nos seus. - Eu fico louco com a possibilidade de te perder.

- Nunca. - Sorri deslizando minha mão em seu rosto. - Então ela vai embora e quer vender aquele espaço?

- Sim. - Saímos do banheiro e enquanto sentei na cama ele foi trocar de roupa. - A proposta dela não é ruim, ela pediu uma entrada e depois iríamos pagando todo mês como se fosse um aluguel.

- Isso é perfeito Matheus. - Sorri.

- O problema é que vamos precisar fazer uma reforma, uma grande reforma linda. Ampliar todo o espaço da musculação, fazer mais três salas, cobrir a piscina, recepção, isso tudo pode afetar principalmente suas aulas. - Disse preocupado.

- Temos alunos compreensíveis. - Com um sorriso ele vem na minha direção e abaixa apoiando as mãos em minhas coxas.

- Eu sei, mas precisamos ver quanto gostaríamos em média com essa obra para ver se compensa, tenho medo de dar um passo maior que as pernas.

- Homem de pouca fé. - Matheus sorriu segurando minhas mãos levando aos lábios. - Você nunca faria isso. Temos um bom dinheiro juntos.

- Posso vender essa casa.

- E morar na casa que Meirele morava? - Concordou e eu neguei. - Essa casa é das suas filhas. Que tal você dar aquela casa de presente para Milena? - Matheus franziu a testa. - Amor, sua filha vai casar.

- Linda aquela casa também é sua, você está entrando nessa jornada comigo.

- Então vai ser nosso presente para Milena e Bernado. - Segurei o rosto de Matheus. - Tem como fazer uma entrada independente? - Concordou. - Ótimo! Deixamos só um portão de acesso para a academia, sei que Mih não vai se importar, e isso vai facilitar minha vida.