Capítulo 35

243 71 49
                                    

Matheus

Andei rápido até meu carro, Jeferson estava fechando a porta e portão. Assim que entrou pegou a bolsa de Letícia e deixou no banco de trás, não quero pensar que algo de ruim aconteceu, mas era impossível dada a situação e de como a vi saindo da academia.

Sai cantando pneu e dirigindo rápido até a delegacia enquanto Jeferson trocava mensagem com Igor que estava trabalhando. Tentei me concentrar ao máximo mas minha mente estava nas cartas e em tudo que Jeferson me contou.

Eu vou tirar essa dor dela, vou a fazer feliz. Vamos ser felizes juntos.

- Pati mandou mensagem mais cedo. - Olhei rápido para meu amigo. - Raquel e Jade ajudaram Fernanda a descobrir, ela ouviu as três estão conversando com alguns alunos. - Ele suspirou. - Certeza que fazendo a caveira de Letícia e a minha.

Por mais que eu queira gritar minha voz não sai, a única coisa que fiz foi seguir apertando o voltante na esperança de isso me acalmar.

- Matheus o que você vai fazer agora? Você percebeu que acabou com a sociedade? - Ele parecia muito preocupado.

- Ainda não sei. Minha prioridade é encontrar Letícia. - Jeferson suspirou.

- Nunca vou esquecer a dor nos olhos de Letícia, foi horrível.

- Ela fez de caso pensado, Fernanda com certeza sabia que eu não estaria lá. - Estacionei o carro na porta da delegacia e olhei para Jeferson. - Vamos nos concentrar em encontrar Letícia, depois pensamos no que vamos fazer.

- No que você vai fazer, Letícia e eu temos que ir embora, não vamos arrumar emprego nenhum depois do que Fernanda fez. Acho que até meus alunos particulares vou perder. - Sua voz saiu baixa e meu coração apertou enquanto ele saia do carro.

Ir embora? Ele ficou doido? O vi entrar rápido na delegacia enquanto eu estava atordoado o que ouvi.

- Boa noite. - Um policial nos recebeu.

- Minha amiga, ela sumiu. - Parei ao lado de Jeferson observando o homem de meia idade colocar os óculos.

Ele digitou algo no computador e nos olhou com um semblante ameno.

- Tem muito tempo?

- Algumas horas. - Respondi percebendo o quanto Jeferson está nervoso. - É minha namorada, ela não costuma fazer isso, estamos preocupados.

- Verificaram se há registro dela nos outros serviços de emergência antes de vir até aqui?

- Não, ela está sem documento nenhum.

- Isso é péssimo. - O policial diz enquanto digita algo. - Sabem a roupa que ela estava usando?

- Sim. - Respondi.

- Ela saiu de moto, modelo biz. - Jeferson completou e o policial franziu a testa.

- Sabem a placa?

- O documento está na bolsa dela. - Jeferson me disse e eu fui correndo no carro para pegar.

Voltei revirando a bolsa de Letícia, quando encontrei o documento entreguei ao policial, linhas de preocupação se formavam em sua testa e Jeferson estava chorando.

- O que aconteceu? - Sussurrei.

- Ele disse que teve um registro de acidente. - Balancei a cabeça diversas vezes negando. - A descrição da moto e pessoa indicam ser Letícia, ele só precisa com a placa.

- Não. - Sussurrei sentindo minhas lágrimas. - Não pode ser ela. - Notei que o policial falava ao telefone, mas não conseguia prestar atenção em nada.

Ligados pelo acaso Onde histórias criam vida. Descubra agora