Capítulo 31

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Matheus

Passei boa parte da conversa admirando Letícia com os filhos do meu primo, ela é doce e gentil e tem um jeito especial com crianças, me peguei imaginando várias coisas e quando seu olhar encontrou o meu a chamei.

Precisava sentir que ela de fato estava comigo, a deixei em pé e passei meus braços pela sua cintura enquanto conversávamos, ela é sem sombra de dúvida a melhor coisa que já aconteceu comigo desde que fiquei viúvo.

Nenhuma é como ela.

- Casa comigo, Chapeuzinho? - Sussurrei em seu ouvido enquanto seguimos Jeferson.

- O quê? - Me olhou espantada.

- Eu quero você na minha vida. - Toquei seu rosto com a ponta dos dedos. - Estou falando sério, não quero perder tempo, eu quero você. - Ela suspirou quando encostei meus lábios nos dela.

Mas fomos separados por Jeferson que segurou meu braço e me puxou, olhei para Letícia que estava me observando sem reação.

- Fiz merda. - Sussurrei para Jeferson que virou sem entender. - Pedi Letícia em casamento.

Jeferson soltou uma gargalhada.

- Eu sabia que você era emocionado, mas não a esse ponto. - Olhei para o lado e Letícia estava com minhas filhas conversando.

- Você acha que eu tenho idade para ficar enrolando?

- Dou o maior apoio, mas vá com calma gostosão porque você se acertou com a diva ontem, hoje já mete um pedido de casamento, a mulher vai correr de você.

- Eu vou atrás dela. - Sorri.

Segui com Jeferson e a diversão foi garantida, nunca fui bom de dança, e tirei gargalhada de todos, bom que ele conseguiu animar a festa, enquanto o observava e tentava seguir seus passos tive uma idéia.

- O que você acha de dar aula de dança na academia? - O sorriso de Jeferson aumentou.

- Eu vou amar.

Letícia estava ao lado da minha mãe, fui até ela e a puxei para meus braços.

- Sua companhia vai ficar com ciúmes. - Provocou e eu a beijei.

- Prefiro a companhia de uma linda, charmosa, doce, engraçada mulher. - Ela sorriu e apoiou as mãos em meu peito.

- Sobre o que você falou. - Suspirou quando segurei seu rosto com a mão direita. - Eu tenho tanta coisa para falar. - Sussurrou com medo e eu estreitei os olhos.

- Letícia entenda, eu quero você. - Encostei meu rosto no seu. - No seu tempo você responde. - A beijei de forma contida.

- Você está me devendo uma coisa. - Disse quando nos afastamos.

- O que?

- Você me perguntou se eu conhecia a regra dos segundos. - Apertei meus braços em torno da sua cintura.

- Selinhos de seis segundos. - Encostei meus lábios dos meus e ela sorriu. - E abraços de vinte segundos fazem o casal aumentar o vínculo e traz segurança. - Ela sorriu e me abraçou forte.

- Eu me sinto tão bem quando estou com você. - Confessou.

Beijei seus cabelos diversas vezes retribuindo o abraço.

Tivemos um almoço maravilhoso, a festa da minha filha foi incrível. Ver seu sorriso, olhos brilhando fez tudo valer a pena. Aos poucos todos foram embora e isso mostrava que meu fim de semana perfeito estava chegando ao fim. Jeferson, Igor e Pati voltaram com Milena e Bernado. Fiquei feliz quando vi as malas da minha mãe na sala, fui colocando tudo no porta malas enquanto a casa era fechada.

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