Capítulo 23

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Letícia

Jeferson me olhava com um sorriso e não saiu do lugar.

- Quero saber tudo. - Bateu palmas enquanto pulava.

- Não aconteceu nada. - Passei por ele e deixei meu corpo cair no sofá.

- Nada? Eu entro e encontro vocês praticamente se beijando e você diz que não aconteceu nada? - Suas mãos estavam apoiadas na cintura enquanto ele batia o pé no chão.

Mordi o lábio e ele gritou.

- Viu! Vamos diva, me conta tudo. - Batendo as mãos veio correndo e sentou ao meu lado.

- Foi você que mandou ele ir me procurar?

- Claro, a aula terminou e você não apareceu. - Suspirei. - Ele chegou em boa hora, não foi?

- Sim.

- Pula essa parte, quero saber o que rolou desde que vocês saíram da academia porque Pati ficou surtando comigo que vocês saíram de mãos dadas. - Jeferson pulava que nem pipoca no sofá.

Com um sorriso idiota olhei para meu irmão de coração.

- Por que ele é tão fofo? - Sorri do seu gritinho.

- Conta, conta, conta.

- No carro mesmo em silêncio ele ficou me olhando com aquele sorriso lindo, depois pegou minha mão e ficou beijando.

Jeferson ficou em pé no enorme sofá e começou a pular.

- Se casem pelo amor de Deus. - Joguei a almofada nele.

- Sossega ou eu paro de falar. - Rapidamente ele sentou e ficou me observando com os olhos brilhando.

- Passou diva, pode seguir. - Gesticulou com a mão esquerda.

- Chegando aqui enquanto eu coloquei minhas coisas para lavar e troquei de roupa, deixei ele na sala. Quando voltei ele havia preparado chá, estava bem a vontade.

A cara de Jeferson é hilária, um sorriso maior que o do coringa, olhos brilhando, e tenho certeza que na cabeça dele já escolheu até meu vestido de casamento.

- Já me vejo entrando na igreja. - Ele sobe no sofá. - Imagina eu jogando pétalas de flores, sendo sua madrinha. - Tenho uma crise de riso, sabia que essa fanfiqueira estava sonhando.

- Eu vou te bater se você não parar. - Em um salto ele sentou e me olhou.

- Sorry, foi mais forte. Vamos ao que interessa, você contou tudo? - Neguei.

- Eu não consegui, fiquei com medo da rejeição.

- Rejeição? Ele quer aplicar uma injeção isso sim. - Comecei a rir e ele me acompanhou. - Diva do jeito que eu encontrei vocês aqui se eu tivesse atrasado um pouco encontraria você assim.

Jeferson ficou de joelhos e começou a rebolar gemendo enquanto passava as mãos na cabeça como se ele tivesse cabelo longo.

- Jeferson! - Gritei batendo a almofada nele.

- Diva se for pequeno você faz assim. - Abaixou o quadril e começou a rebolar devagar. - Apesar que pelo volume eu acho que ele vai acabar com sua bonequinha.

- Eu não tô vendo e nem ouvindo isso. - Sabia que meu rosto estava vermelho. - Você é doido. - Disse rindo e ele se recompôs.

- Fiz você sorri, quebrei aquela tensão que começou, mas você sabe né? - Deitei em seu peito e ele me abraçou.

- E se ele me odiar? - Perguntei sentindo minhas lágrimas.

- Isso eu não posso te responder, mas eu acho que ele vai entender.

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