Capítulo 25

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Letícia

Meu celular despertou, mas eu estava morrendo de sono, eu sabia que teria que levantar ou do contrário perderia o ônibus.

O que não seria uma má idéia.

Desliguei e joguei o edredom sobre minha cabeça, mas não foi o suficiente.

- Princesa vamos levantar. - A voz estridente de Jeferson ecoou pelo quarto.

Tirei o edredom e o encontrei com um sorriso.

- Tem certeza que eu tenho que ir? Você pode inventar que eu passei mal, perdi o ônibus, sei lá. Você é bom com essas coisas.

- Negativo! Dê uma olhada no seu celular e você vai entender.

Sentei rápido ainda sonolenta, quando desliguei o despertador não tive a curiosidade de olhar mais nada, mas ao pegar o aparelho me deparei com várias ligações perdidas de Matheus. Ainda sem acreditar fui olhar as mensagens no whatsapp ignorando as do grupo da academia vendo somente a que ele enviou.

Eu realmente espero que você pense em mim porque eu penso em você o tempo todo. Ansioso para te ver.

Olhei para a porta e Jeferson não estava mais lá, nervosa levantei e encontrei Igor e ele na cozinha tomando um café.

- Você tem meia hora para se arrumar e comer algo. - Igor disse sem me olhar.

Suspirei e corri contra o tempo, ainda bem que deixei tudo organizado, então depois de um banho rápido para despertar, coloquei uma legging preta, uma blusa de alças finas soltinha bege e por cima coloquei um agasalho e calcei minhas sapatilhas. Arrastando minha mala fui para a sala, estava tão nervosa que bebi somente um gole de café enquanto Jeferson pedia um carro pelo aplicativo.

Faltando vinte minutos para as quatro da manhã estávamos na porta da academia e quando desci do carro senti minhas mãos geladas. O micro ônibus já estava ali, o motorista nos aguardava, mas o que me assustou que praticamente todo mundo estava acompanhado, olhei para o lado e Pati veio sorridente para me abraçar.

- Vamos sentada juntas.

- Será que eu devo ir mesmo? - Sussurrei observando todo mundo sorrindo enquanto conversava.

Jefinho foi guardar as coisas e quando estava ao lado do motorista colocando sua mala no bagageiro percebeu que eu não saí do lugar. Rapidamente ele veio caminhando na minha direção.

- Eu, eu não vou. - Sussurrei e ele revirou os olhos. - Juro, não acho uma boa ideia eu ir.

- Só te avisando que ontem cogitei isso e Matheus falou que vem te buscar se você não for. - Pati solta um gritinho animado enquanto bate as mãos.

- Meu patrão tá apaixonado.

- Até você? - Virei para ela que sorria.

- Pati arrasta essa menina para o ônibus e amarre o cinto para ela não fugir. - Fui obrigada a sorrir.

Pati passou seu braço pelo meu e seguimos para subir no ônibus, sentamos mais na frente, e do outro lado do corredor Igor já aguardava meu amigo. Com todos acomodados o motorista nos desejou uma ótima viagem antes de ligar o ônibus e pegar a estrada.

Eu estava com um travesseiro e edredom, na verdade todos estavam. A medida que o tempo passava as conversas iam diminuindo indicando que todos estavam pegando no sono, exceto eu. O nervosismo aumentava e isso estava me deixando em pânico.

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