Capítulo trinta dois

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Capítulo trinta dois

Nate coloca a mão no ombro do tal aluno nerd e me posiciono perto dele para enxergar a tela do computador. O garoto colocou o celular plugado no computador da escola e vários códigos começaram a surgir na tela. Vários links foram acessados e alguns minutos se passaram até que ele deu um suspiro pesado. 

— O endereço de ip deu em outros estados do país, além de um endereço em Tokyo e Canadá. 

— O que isso quer dizer? — Exijo saber. 

— Que ele não achou. Porra — Nate chuta uma cadeira. 

Por que ele ficou tão irritado? Como ele fosse o namorado aqui. 

— Essa pessoa é profissional. 

— Não tem outra forma de conseguir achá-lo? 

— Só se você conseguir se comunicar com ele via chamada de telefone, aí talvez eu possa conseguir rastrear. 

— Que tipo de nerd você é? — Uno as sobrancelhas. 

— Como conseguimos que ele nos contate? 

— Sugiro que responda a mensagem se desculpando por ter ignorado. 

Bufo irritada. 

— E depois o que, faz amizade com ele? 

— É. Como vamos conseguir ganhar a confiança dele pra uma chamada? 

— Quem quer que seja tava interessado em matar sua namorada — O nerd encara Nate — e queria te usar pra isso. 

— Isso quer dizer que ele tem interesse em Nate também? 

— É possível ou talvez seja uma pessoa que os dois conheçam. 

— Mas quem teria coragem de fazer algo assim com minha Cassie? 

— Ela não tem nenhum inimigo. 

— Tudo isso foi estranho demais. Quem poderia armar isso tudo? 

— Só vocês dois podem descobrir e quando conseguirem, me avisem. 

O cara levanta da cadeira de computador e sai sem mais demora. 

— Quer mesmo continuar com isso? 

— O que prefere que eu faça? Fique parada esperando ele atacar novamente? 

— Acha que ele iria tentar terminar o serviço? 

— Só sei que não posso arriscar. 

— Mando uma mensagem agora? 

— Deixa que eu mesma mando — Pego o celular na escrivaninha e abro no app de sms. 

    Gostaria de pedir desculpas por não ter conseguido fazer o que me pediu e parabenizá-lo por cometer o que eu não consegui. 

   

      — Vamos esperar pra ver se ele responde. 

    Devolvo o celular para Nate e me afasto, pegando minha bolsa. Nate me segue. 

    — O que está fazendo? 

    — Estou preocupado contigo. 

    Paro, fazendo ele trombar em mim. 

— Porra, Maddy. 

— Desde quando se importa comigo? 

— Andar com a Lexi tem me ajudado um pouco. 

— Mesmo? — Minha boca se abre numa linha irônica. 

— Eu sei que o que eu fiz com você e Cassie foi péssimo. Fui um namorado péssimo. 

— Por isso encontramos conforto uma na outra. 

— Para de me zoar. Eu sei que gostava dela antes de mim. 

— Cassie se apaixonou por mim há pouco tempo. Ela te amou. 

— Por isso que eu quero te ajudar. 

Dei uma risadinha. 

— Sobrou algum resquício de humanidade aí dentro? 

— Sabe que sempre esteve lá guardado bem no fundo. 

— E a Lexi conseguiu desenterrar esse item raro daí de dentro? Ela é mesmo muito especial. Fico até com um pouco de inveja. 

— É. Ela é mesmo especial. 

Olho a hora no relógio. 

— Estou com fome. Quer comer em algum lugar? 

— Claro. 

Nate dirigiu, nos levando para a primeira lanchonete que encontramos. Sentamos numa mesa nos fundos. Uma garçonete loira, de mini saia perguntou o pedido e Nate pediu dois hambúrgueres e duas cocas, com batata frita. A comida chegou rápido. 

    — A Cassie… Como ela tá? 

    — Estável — Deixo meus olhos tombarem um pouco — e em coma. 

    — Ela vai melhorar. Eu sei disso. 

    — Obrigada pelo apoio. Inesperado, mas obrigada. 

    — Estou aqui para o que precisar. 

    Dei um sorriso sincero e escutamos um bipe. 

    — Foi meu celular. 

    Nate abriu o sms e me mostrou a tela. 

    — Ele respondeu. Tá dizendo pra me encontrar com ele amanhã. 

    — Que loucura. Por que ele faria isso? 

    — Talvez ele também queira me matar. 

   

Se não fosse tão tarde (Euphoria)Onde histórias criam vida. Descubra agora