Capítulo três

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Cassie

Maddy disse que iria me perdoar, porém não falou comigo pelo resto da semana. Liguei para seu celular e ela não atendeu.
- Lexi, onde colocou meu secador de cabelo?
- Estou usando.
Entro no banheiro e ela me devolve, saindo. Termino de finalizar minhas mechas e minha maquiagem.
- Tem certeza que quer ir nesta festa? - Ela pergunta.
- Por que não iria?
- É a primeira desde que terminou com Nate.
- E?
- Se ele ficar com outra não vai ficar brava?
- Eu não ligo mais pro Nate.
Sento na cama, colocando meus saltos.
- Se diz.
- Por que se importa? Ta com remorso? Por sua causa que ele terminou comigo.
- Então deveria me agradecer. Foi a melhor coisa que eu fiz.
- Melhor coisa é o caralho.
- Ainda gosta dele?
- Eu não sei.
- Tem quanto tempo que não transa?
- Não é da sua conta.
- Desde dele. - Minha irmã ri.
- Cala a boca.
- Arruma um gostoso hoje. Não deve ser muito difícil com esses peitos.
- Invejosa.
Saímos e chegamos na casa da festa em alguns minutos. Lexi foi para um sofá e eu parei na mesa das bebidas. Peguei um copo e virei um pouco de tequila, bebo alguns goles e olho em volta. Maddy conversa com Kat bem animada. Tento fazer ela me notar sem sucesso.
Continuo bebendo e quando estou mais alta, vou para perto de uns caras, dançando. Eles parecem adorar minha presença. Quando avisto Nate beijando uma loira idêntica a mim algo se remexe no meu peito e vou ao seu encontro. Fico parada, encarando os dois até ele parar de beijar.
- Ah, Cassie. Hoje não.
- Quem é a loira? Prazer, Cassie.
- Oi. - A garota mal me olha.
- Seu gosto continua o mesmo parece.
- Para de se humilhar. - Nate diz e meu sangue ferve.
- Não estou me humilhando. Só acho muito engraçado sua escolha para mulher. Bem parecida, né.
- Pelo que sei ela não é tão grudenta.
- Eu sou grudenta? - Grito. - Vai se foder.
As pessoas começam a nos olhar.
- Eu sou gostosa, sou bonita e...
- Um porre. Para de ficar perto de mim. Já falei, caralho. Tu é chata pra cacete.
- Eu sou chata?
Volto na mesa de bebidas e pego um copo cheio, chego perto de Nate e jogo tudo na sua cara.
As pessoas da festa urram e aplaudem.
Nate passa a mão no rosto e sai de perto, amparado pela outra.
- Superou ele mesmo. - Maddy fala se aproximando.
- Não foi o que pareceu. Não estava com ciúmes.
- Não. Jogou a bebida porque nem se importou com a nova garota dele.
- Eu não ligo mais pro Nate.
- Não adianta continuar repetindo isso se não é verdade.
Maddy se afasta e bato o pé no chão com raiva.
- Não deveria ter feito aquilo.
- Jules, deveria ter me impedido.
- Cheguei na parte quando já estava jogando a bebida nele.
- Maddy me odeia.
- Ainda bem que tem a mim. - Ela sorri, colocando o braço em volta das minhas costas.
Voltei pra mesa das bebidas e eu e Jules bebemos todo tipo de álcool que tinha. Lexi me puxou.
- Não está bom? Bebeu a festa toda.
- A festa ainda não acabou. - Jules comemora.
- Eu vou embora. - Lexi sai.
- Vou no banheiro.
Subo as escadas e quando entro no banheiro Nate me encara sem camisa.
- Desculpa, não sabia que estava aqui.
- Estaria onde depois da sua palhaçada?
Ele se aproxima, seu maxilar trincando.
- O que queria que eu fizesse?
- Que sumisse da minha vida.
Seus olhos recaem na minha boca e sinto uma aflição estranha misturada com um desejo que odeio.
- Não vou sumir, estudamos na mesma escola.
Nate me encurrala na parede.
- Não precisa falar comigo. Não precisa nem olhar pra minha cara. Mas sua bocetinha implora pra eu te foder. Sua vagabunda.
As lagrimas escapam antes que consiga conte-las.
- Por que chora? Só estou dizendo a verdade.
- Eu te odeio.
- Vou resolver seu problema.
Nate puxa pra cima meu vestido e minha calsinha pra baixo.
- Se não quiser que eu continue é só dizer.
Queria falar, impedi-lo. Só que meu corpo quer outra coisa. Nate sorri quando não respondo e só mordo os lábios. Abaixa sua própria calça e coloca um preservativo. Seu pau entra em mim batendo com força, meu corpo vindo de encontro a parede.
- Sempre vai ser uma putinha. Eu gosto disso, sabe?
- Cala a boca, Nate.
Ele sorri e me beija. Sua boca devastando a minha. Dentes e língua numa loucura desenfreada.
Quando sua boca larga a minha, sua mão puxa para abaixo meu decote e sua língua lambe um mamilo e chupa com força.
- Ah... Nate.
Seu quadril continua batendo no meu e na última envestida gozo forte e ele sai de dentro de mim.
- Só quero deixar claro que nunca mais seremos um casal. O máximo que terá de mim é uma foda como esta. Porque não me importo com você. Eu não te quero, Cassie.
Nate recoloca suas calças e sai.
Boto minhas roupas no lugar e deslizo pro chão, chorando muito mais do que a vez na escada.
Eu sou tão burra. Nate nunca vai me tratar com respeito e vai continuar só me comendo quando tem vontade.
Burra. Burra. Burra.
- Cassie?
Fito Jules que ajoelha ao meu lado.
- O que aconteceu?
- Nate e eu transamos.
- Como assim?
- Eu não conseguiu me segurar.
- Amiga que louca.
Nós duas rimos e Jules limpa minha bochecha.
- Vamos pra minha casa? Comprei sorvete.
- De morango?
- Sim.
Levantamos, eu mais animada e descemos as escadas.
Maddy me encara da outra extremidade da sala e Nate no outro canto com os lábios inchados e estreita os olhos daquele jeito característico dela. Ela começa a caminhar e corro com Jules pra fora da festa. Subimos da sua bicicleta e saímos dali. 

Se não fosse tão tarde (Euphoria)Onde histórias criam vida. Descubra agora