Se não fosse tão tarde (Euphoria)

Capítulo dezesseis

Cassie

Transamos tanto ontem que quando Ethan me acorda pela manhã para ir pra escola estou dolorida. Ele beija minha boca, colocando a mão no meu seio e o empurro.
- Estou literalmente toda fodida, então vamos dar um tempo.
Levanto da cama e vou direto para o banheiro, jogo um pouco de água na boca e escovo os cabelos com os dedos. Depois de fazer xixi, coloco minha roupa de ontem que ficou caída no chão a noite toda.
- Vai pra escola assim?
- Acho que não tenho tempo pra me arrumar mais.
- Vai todo mundo reparar que está com a mesma roupa.
- Se importou com isso até algumas horas atrás?
Ele colocou a mão na parte de trás da cabeça meio sem graça.
- Tudo bem, também não liguei.
Desci as escadas e a mãe dele derrubou o celular, enquanto passava por ela, saindo pela porta da frente.
- Filho, trouxe uma garota pra casa?

Sentei na cadeira na sala e por incrível que pareça ninguém ficou me encarando, nem falando das minhas roupas.
- Cassie, tá com cara de quem fodeu a noite toda.
- Fala baixo, Maddy.
- Safadinha. Quem foi?
- Desde que seja qualquer um menos Nate - Kat disse.
Se ela soubesse que era seu ex-namorado, acho que ficaria menos aliviada.
- Poderia ser pior - Jules sentou na minha frente.
- Impossível - Maddy ironizou.
- Eu transei a noite toda sim.
- Sabia - Maddy gritou.
- Mais baixo, meninas - Pediu o professor.
- Ele estuda com a gente? - Kat perguntou.
- Ahan.
- É gatinho? - Jules se interessou.
- Ah... é bonitinho.
- Pegando nerd?
- Nerd? - Mady estranhou.
- Talvez, um pouco.
- Diversificando. Isso aí garota - Kat parabenizou.
- Os nerds tão em alta mesmo - Maddy continuou.
- Ele é meio tímido - Eu disse.
- Ensinou algumas coisas pra ele? - Kat perguntou bem na hora que Ethan chegou e fitou fundo meus olhos.
- Só quero que ele se solte mais.
Ethan senta bem do lado de Kat, na fileira seguinte e fica me encarando. Idiota. Assim elas cão descobrir e Kat vai me matar. Ela quase me matou e nem era o ex dela, nem imgino o que ela vai fazer se descobrir.
- Para de me encarar, estranho.
Ethan para de me olhar com o que Kat disse, por algum motivo ela achou que ele estava olhando pra ela, ainda bem.
- Eu tenho que descobrir quem é esse sacana. Pegando uma garota como você, sabendo que é um total sem sal.
Ethan franziu a boca, com certeza irritado pelo que Kat dizia.
- Para, ele é um cara bacana. Só porque não é sarado vai ficar dizendo umas besteiras dessas.
- O que importa ser sarado? Nate é sarado é presta menos que praga.
- Maddy tem razão - Jules coloca algumas canetas em cima da mesa.
- Quando vai nos apresentar?
- Ele quer manter tudo em segredo.
- Por que? Ele tem vergonha?
- Não temos nada sério. É só isso.
- Se diz - Kat abre seu caderno.
Ethan fica sério e pega suas coisas, indo sentar mais pro fundo. Espero que não tenha ficado chateado.
O professor termina sua aula e as garotas saem antes de mim. Ainda estou terminando de guardar meus pertences quando percebo Ethan parado na minha frente.
- Escutei o que disse pra ela.
- Disse a verdade. Realmente o que temos tá longe de ser algo sério.
- Pode ser, mas o que eu sinto dentro de você é bem sério.
- O que temos é só físico.
Sua boca entreabriu um pouco e depois deu um breve sorrisinho travesso. Sua mão segurou meu queixo e me forçou a encará-lo com rudeza.
- Eu sinto como se fosse explodir se não toco em você quando meu corpo pede.
Ele me beijou sem pedir, deixei nossas línguas deflorarem uma a outra numa sintonia sem igual. Sua mão segurou minha cintura me trazendo para mais perto dele. Sua ereção pressionou, enfregou minha vagina. Seus dedos subiram para meu seio, apertando de leve, fazendo pequenos circulos. Ethan parou de me beijar para marcar mais minha pele já tão maculada com sua boca.
- A porta, alguém pode ver.
- Eu tranquei.
Ele puxou minha camisa e mordeu meu seio, lambeu e sugou, arfei, enlouquecendo.
Ethan se abaixou, me fitando de baixo, meus seios consumidos, a mostra, totalmente para esse homem.
Seu rosto sempre pareceu tão simples, agora detinha uma postura tão séria, tão dono de si, com uma confiança que nunca lhe julguei capaz. Sua sensualidade me desarmou. Ethan puxou minha calsinha de lado e sua língua se infiltrou dentro de mim.
- Cavalga em mim.
Fiz o que ele pediu, deixando minha vagina empurrar seu rosto, sentei em sua cara, deixando ele meter em mim. Sua língua pressionando, maculando.
- Ethan... assim... eu.
Gozei na sua boca, enquanto tapava minha boca com a mão para nenhum aluno escutar meu grito.
- Amaldiçoo todos por não me deixarem escutá-la gemendo por minha causa.
- Você é diferente do que eu achava.
- Eu também não entendo o que está acontecendo. O que despertou em mim.
- Eu quero que goze também.
- Eu sei.
Abaixei a calsinha e depois dele colocar a camisinha, entrou em mim. Seus braços em torno de mim, nossos sexos conectados, em sincronia. Meu corpo subia e descia, nós dois em pé, tentando ao máximo acabar com essa urgência que nos fazia querer tanto um ao outro.
Começaram a bater na porta. Fiquei preocupada, Ethan continuou metendo com força e eu não quis sair do lugar. Relaxei em seus braços. Eu queria tanto ele, como nunca quis homem nenhum. O orgasmo destruiu nós dois. Separei dele com certo pesar, eu queria mais de Ethan. Coloquei minhas roupas no lugar e sentei na cadeira como se estivesse estudando. Assim que Ethan abriu a porta, saiu, trotando. Os alunos entraram sem reparar em mim. Peguei minhas coisas e deixei a sala. Seguraram meu braço e me virei, pronta para gritar.
- Eu sei o que estavam fazendo.
- Não é da sua conta, Nate.
Puxei meu braço, me soltando.
- Podia ser se quisesse. Podia estar transando comigo em vez daquilo.
- Aquilo me faz gozar muito mais que você.
- Cassie...
Saí, deixando ele e suas súplicas para trás. Agora eu tinha outro homem para lidar e outro pau para desfrutar e nunca mais iria querer o dele.