10- O passeio

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Era uma tarde de uma sexta feira e estava fazendo sol, um vento agradável, e Michele estava sentada em um banco do parque, distraída, observando as crianças brincando no playground próximo.

Ela tinha acabado de terminar uma longa semana de estudos e estava feliz por finalmente ter um momento para relaxar. Ela não percebeu quando Lucas, com seu sorriso contagiante, se aproximou silenciosamente.

— Oi, Michele — ele disse, tirando-a de seus pensamentos.

Ela olhou para cima, surpresa e feliz ao vê-lo.

— Oi, Lucas! Que bom te ver aqui.

Lucas se sentou ao lado dela no banco, ajustando a mochila que carregava.

— Eu estava pensando... Faz um tempo que não saímos juntos depois daquele dia. O que você acha de irmos tomar um sorvete? Eu conheço uma sorveteria incrível aqui perto.

Michele sentiu seu coração acelerar.

— Sorvete? Parece ótimo! Eu adoraria.

Lucas sorriu, parecendo aliviado e animado.

— Ótimo! Vamos?

— Vamos sim!

Eles se levantaram e começaram a caminhar lado a lado pelas ruas tranquilas do bairro, conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo.

O caminho até a sorveteria parecia mais curto do que Michele esperava, pois estava distraída com a companhia agradável.

Quando chegaram, a sorveteria estava movimentada, mas aconchegante. O aroma doce de waffle e chocolate pairava no ar. Eles se aproximaram do balcão e começaram a escolher seus sabores.

— Eu sempre pego morango com chocolate — Michele disse, rindo. — E você?

— Eu sou mais de baunilha com caramelo, — respondeu Lucas, piscando. — Mas acho que vou experimentar algo novo hoje. Talvez... menta com pedaços de chocolate?

Michele sorriu timidamente, observando enquanto Lucas fazia seu pedido. Eles pegaram seus sorvetes e encontraram uma mesa perto da janela, onde o sol entrava, aquecendo o ambiente. Enquanto saboreavam seus sorvetes, a conversa fluiu naturalmente.

Eles riram, compartilharam histórias e descobriram ainda mais afinidades. Em um momento de silêncio confortável, Lucas olhou para Michele, seus olhos refletindo a luz do sol.

— Sabe, Michele, — ele começou, a voz um pouco mais suave — eu gosto muito de passar tempo com você. Hoje foi uma ótima ideia. Acho que deveríamos fazer isso mais vezes.

Michele sentiu uma onda de felicidade e corou levemente.

—Eu também gosto muito de estar com você, Lucas. Vamos fazer isso mais vezes, sim.

Aquele momento, compartilhado sobre sorvetes e risadas, marcou o início de uma nova fase em sua amizade, algo que ambos sabiam que poderia se transformar em algo ainda mais especial.

O sol já estava se pondo quando eles saíram da sorveteria, o céu tingido de laranja e rosa. Ambos ainda saboreavam o gosto doce do sorvete, suas risadas ecoando pelas ruas tranquilas do bairro.

— Foi uma tarde incrível — disse ele, dando um passo mais perto dela. Ela sorriu, seu rosto iluminado pela luz suave do entardecer.

— Sim, foi mesmo — respondeu ela, mexendo distraidamente na bolsa. — Obrigada por me trazer aqui. Fazia tempo que eu não me divertia tanto assim.

Eles caminharam lado a lado, conversando sobre tudo e nada. Ele a observava com um olhar atento, notando cada detalhe, desde o brilho nos olhos dela até o jeito que ela ajeitava o cabelo atrás da orelha.

Chegaram à porta da casa dela, e ele hesitou por um momento antes de falar.

— Então, acho que isso é um adeus por enquanto.

Ela sorriu novamente, mas dessa vez havia algo a mais em seu olhar, talvez uma promessa de novos encontros.

— Até logo — disse ela sorrindo suavemente

Lucas se inclinando para dar um beijo rápido na bochecha dela.

Ele ficou parado ali por um momento, vendo-a entrar em casa, antes de finalmente se virar para ir embora, com um sorriso satisfeito no rosto.

Assim que ela fechou a porta atrás de si, encostou-se nela por um momento, ainda sentindo o calor do beijo em sua bochecha.

A casa estava quieta, a luz suave do entardecer entrando pelas janelas e preenchendo o espaço com um brilho acolhedor.

Ela deixou a bolsa sobre a mesa da entrada e caminhou lentamente pela sala, seus passos ecoando levemente no chão de madeira.

Cada canto da casa parecia mais luminoso, mais cheio de vida. Ela foi até a janela e olhou para fora, vendo-o se afastar pela rua. Um sorriso involuntário se formou em seus lábios.

— Hoje foi especial — murmurou para si mesma, abraçando-se levemente, como se quisesse prolongar a sensação de felicidade.

Ela se jogou no sofá, puxando uma almofada para junto de si e afundando o rosto nela, deixando escapar uma risada abafada.

Seus pensamentos voltavam repetidamente aos momentos que passaram juntos, a leveza da conversa, o sabor do sorvete, o toque suave dele ao lado dela.

De repente, a campainha tocou, e ela se levantou rapidamente, seu coração acelerando por um instante. Abriu a porta para encontrar sua mãe, carregando sacolas de compras.

— Alguém parece estar de ótimo humor hoje — disse a mãe, entrando e colocando as sacolas sobre a mesa.

Ela riu, pegando uma das sacolas para ajudar.

— Foi um dia muito bom — respondeu, sentindo o rosto corar levemente.

Sua mãe lançou-lhe um olhar curioso, mas não perguntou nada.

— Bem, isso é ótimo de ouvir. Vamos preparar o jantar?

Ela assentiu, ainda sorrindo, e seguiu a mãe até a cozinha, sentindo-se leve e feliz. Cada pequeno gesto, cada tarefa cotidiana parecia mais colorida, mais cheia de significado.

Ela sabia que aquela tarde ficaria grudada na mente ela por muito tempo, um doce segredo que guardaria com carinho.

Dois passos para o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora