17- Uma saída

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Michele estava animada. Fazia tempo que ela e sua melhor amiga, não saíam juntas. Os estudos, os estágios e os compromissos diários tinham ocupado tanto tempo que as duas mal tinham tido uma oportunidade de se divertir como antes. Finalmente, a noite era só delas.

Elas decidiram se encontrar no centro da cidade, onde haviam combinado de jantar em um restaurante novo que ambas queriam experimentar.

Lúcia chegou primeiro e ficou esperando na entrada, sentindo o ar fresco da noite de verão. As luzes da cidade piscavam, criando um ambiente acolhedor e animado.

Pouco depois, Lúcia apareceu, sorrindo como sempre. Ela tinha o cabelo solto e usava um vestido floral leve, perfeito para a estação. Abraçaram-se com força, como se não se vissem há anos.

— Pronta para uma noite incrível? — perguntou Lúcia com os olhos brilhando.

— Mais do que pronta! — respondeu Michele, animada.

Entraram no restaurante, que tinha uma atmosfera moderna e acolhedora, com uma decoração elegante e música ao vivo tocando suavemente ao fundo.

Sentaram-se em uma mesa perto da janela, de onde podiam ver a movimentação da rua.

— Eu estava com tanta saudade disso — disse Michele enquanto olhava o cardápio. — De sair, conversar sem pressa, rir das nossas besteiras.

— Eu também. Precisamos fazer isso mais vezes. — Lúcia concordou. — Vamos pedir de tudo um pouco e experimentar!

Riram juntas, lembrando-se das saídas antigas e das aventuras que viveram ao longo dos anos.

Pediram diversos pratos para compartilhar: tapas, sushi, uma salada fresca e até um prato principal que dividiram.

Tudo estava delicioso, e cada mordida vinha acompanhada de uma história ou de uma risada.

Após o jantar, decidiram caminhar um pouco pelas ruas iluminadas, aproveitando a noite quente.

Pararam numa sorveteria para tomar sorvete e sentaram-se em um banco na praça central, onde continuaram a conversar sobre a vida, os sonhos e os desafios que enfrentavam.

— Sabe, Michele, — disse Lúcia, olhando para as estrelas — não importa quanto tempo passe ou o que aconteça, eu sei que sempre vamos ter isso aqui. Nossa amizade.

Michele sorriu, sentindo-se grata por ter alguém tão especial em sua vida.

— Eu também sei disso. Você é como uma irmã para mim, Lúcia. Sempre vou estar aqui para você.

Voltaram a caminhar, falando sobre os planos para o futuro e se divertindo com piadas internas. A noite parecia mágica, repleta de momentos simples, mas significativos.

Finalmente, quando o relógio já marcava uma hora avançada, decidiram que era hora de ir para casa.

Despediram-se com mais um abraço apertado, prometendo não deixar tanto tempo passar até a próxima vez.

Michele voltou para casa com o coração leve, agradecida pela noite e pela amizade inabalável que tinha com Lúcia. Sorriu, sabendo que momentos como aquele eram o que realmente importava na vida.

Michele destrancou a porta de casa silenciosamente, tentando não fazer barulho. As luzes estavam apagadas, e o silêncio era interrompido apenas pelo tique-taque do relógio na sala de estar. Era tarde, mas ela ainda estava energizada pela noite divertida com Lúcia.

Ela entrou devagar, tirando os sapatos na entrada para não acordar ninguém. Sentiu o chão frio sob seus pés enquanto caminhava pela sala escura, iluminada apenas pelo fraco brilho da lua entrando pelas janelas.

Deixou a bolsa no sofá e foi direto para a cozinha, sentindo sede depois da longa caminhada de volta.

Ao abrir a geladeira, o brilho da luz interna iluminou o rosto de Michele. Pegou uma garrafa de água e serviu-se de um copo, bebendo devagar enquanto refletia sobre a noite.

Sentia-se grata por ter uma amiga como Lúcia e por poder desfrutar de momentos simples e felizes.

Depois de beber a água, Michele foi para o quarto. Quando entrou, viu seu gato, Bolinha, enrolado em um canto da cama. Ele levantou a cabeça e miou baixinho, como se estivesse dando boas-vindas.

— Oi, Bolinha — sussurrou a garota, sorrindo. — Estou de volta.

Sentou-se na cama e acariciou o gato, que ronronou em resposta. Sentiu-se imediatamente mais relaxada. Em seguida, levantou-se para trocar de roupa, tirando o vestido e colocando seu pijama confortável.

Aproveitou para lavar o rosto e escovar os dentes, sentindo-se revigorada pela água fria.

De volta ao quarto, deitou-se na cama, sentindo o peso do cansaço começar a tomar conta de seu corpo.

Bolinha rapidamente se aninhou ao seu lado, e Michele puxou as cobertas para cima, acomodando-se.

Enquanto olhava para o teto, seus pensamentos ainda estavam na noite que passou.

Riu sozinha ao lembrar de algumas das histórias que Lúcia contou e das piadas que compartilharam.

Sentiu-se sortuda por ter amigas que faziam a vida parecer tão leve e cheia de alegria.

Seus olhos começaram a fechar lentamente, e Michele se permitiu mergulhar no conforto de seu travesseiro.

Pensou em como a vida, apesar de suas correrias e desafios, tinha esses momentos preciosos que faziam tudo valer a pena.

— Boa noite, Bolinha — sussurrou, acariciando o gato uma última vez antes de adormecer.

O gato ronronou suavemente, e Michele finalmente se entregou ao sono, com um sorriso no rosto e o coração aquecido pelos momentos especiais compartilhados naquela noite.

Dois passos para o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora