13- A melhor amiga

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Depois do aniversário de Michele, ela e Lúcia estavam sentadas na grama do parque, com o sol de fim de tarde que tingia o céu com tons de laranja e rosa.

Michele, com um sorriso que ela não conseguia esconder, olhou para sua amiga, que estava distraída desenhando formas abstratas na terra com um graveto.

— Lúcia, você não vai acreditar no que aconteceu esses dias. — começou Michele, sua voz cheia de excitação.

Lúcia levantou os olhos, curiosa.

— O que foi?

Michele respirou fundo, segurando a emoção.

— O Lucas me deu um beijo na bochecha!

Lúcia arregalou os olhos, surpresa, e soltou um gritinho de alegria. Ela largou o graveto e se virou completamente para Michele, os olhos brilhando.

— Sério? Quando? Como foi?

Michele riu, lembrando do momento.

— Foi depois que a gente saiu pra ir tomar sorvete. A gente estava voltando da sorveteria, ele estava me levando em casa. Aí, ele se inclinou e me deu um beijo na bochecha, assim, bem devagar.

Lúcia abraçou a amiga, pulando de alegria.

— Isso é tão legal, Michele! Você deve estar nas nuvens!

Michele assentiu, com um brilho nos olhos.

— Estou sim, foi o melhor momento da minha semana.

As duas continuaram conversando, imaginando o que mais poderia acontecer entre Michele e Lucas, enquanto o sol se punha, pintando o céu com as últimas cores do dia.

Depois do parque, elas foram no café da esquina que sempre vão, o aroma de café fresco e bolos recém-assados preenchia o ar.

Michele mexia distraidamente no seu cappuccino, enquanto Lúcia, do outro lado da mesa, ajustava os óculos e olhava para o cardápio, embora já soubesse o que ia pedir.

— Lúcia, eu tenho uma outra coisa pra te contar — começou Michele, com um sorriso contido nos lábios.

Lúcia levantou os olhos, intrigada pela expressão da amiga.

— O que foi? Você está com um brilho diferente agora.

Michele riu, corando levemente.

— Essa semana o Lucas me convidou para sair. Fomos tomar sorvete.

Lúcia largou o cardápio, os olhos arregalados de surpresa e alegria.

— Sério? E como foi? Conta tudo!

Michele suspirou, lembrando dos detalhes.

— Foi incrível. Eu estava lá na praça sozinha, eu tinha encontrado com ele lá. Depois, ele sugeriu a sorveteria que abriu na esquina do cinema. Ele foi super atencioso comigo, me deixou escolher o sabor primeiro e até pagou o meu sorvete.

Lúcia sorriu amplamente, animada.

— Isso é maravilhoso, amiga! E vocês conversaram bastante?

Michele assentiu, com os olhos brilhando.

— Sim, conversamos sobre tudo. Filmes, música, livros, várias outras coisas também. Foi tão natural, como se a gente se conhecesse de outras vidas.

Lúcia pegou a mão de Michele, apertando-a com carinho.

— Estou tão feliz por você! Parece que o Lucas é realmente especial.

Michele sorriu, sentindo-se aquecida pela alegria da amiga.

— Ele é, amiga. E estou ansiosa para ver onde isso vai dar.

As duas continuaram conversando, saboreando seus cafés e doces, enquanto o tempo parecia parar ao redor delas, envoltas na emoção da nova história que se desenrolava.

Ao saírem do café, Michele e Lúcia sentiram o ar fresco da noite envolvendo-as, a lua já alta no céu, lançando uma luz suave sobre as ruas tranquilas.

Elas começaram a caminhar em direção à casa de Lúcia, as risadas e conversas sobre o encontro de Michele ainda ecoando no ar.

— Nossa, eu ainda não acredito que você saiu com o Lucas! — disse Lúcia, abraçando-se contra o frio e lançando um olhar cúmplice para Michele.

Michele deu uma risadinha, ajeitando o cachecol ao redor do pescoço.

— Pois é, ainda parece um sonho. Ele foi tão gentil e divertido. Mal posso esperar para sair com ele de novo.

Caminharam juntas, os passos sincronizados, enquanto falavam sobre as esperanças e expectativas para o próximo encontro.

As casas ao longo do caminho estavam tranquilas, luzes amarelas piscando suavemente nas janelas, e um ou outro carro passava vagarosamente, criando um clima sereno.

— Você acha que ele vai te mandar mensagem hoje? — perguntou Lúcia, curiosa.

Michele olhou para o celular, que estava silencioso em sua mão.

— Espero que sim. Mas vou tentar não ficar tão ansiosa. Ele disse que ia mandar uma mensagem quando chegasse em casa.

Lúcia sorriu, dando uma leve cotovelada em Michele.

— Vai dar tudo certo. Ele parece realmente interessado em você.

Finalmente, chegaram à casa de Lúcia. Pararam em frente ao portão da garota, onde um suave vento balançava os galhos das árvores.

— Obrigada por me ouvir, amiga. Você sempre sabe o que dizer para me acalmar — disse Michele, com um sorriso agradecido.

— Sempre que precisar, estou aqui — respondeu Lúcia, abraçando a amiga. — Boa noite, e me conta amanhã o que ele disse, tá?

Michele assentiu, abraçando Lúcia de volta.

— Pode deixar. Boa noite!

Elas se despediram, e Lúcia entrou em casa, acenando uma última vez antes de fechar a porta.

Michele começou a caminhar de volta para a sua casa, sentindo-se mais leve e animada, pensando em como a amizade com Lúcia a fazia se sentir segura e confiante.

Enquanto caminhava, seu celular vibrou. Era uma mensagem de Lucas: "Cheguei bem em casa. Adorei nossa saída daquela vez. Vamos repetir logo?"

O sorriso de Michele se alargou, e ela apressou o passo, ansiosa para chegar em casa e contar a novidade para Lúcia na manhã seguinte.

Dois passos para o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora