Quem é essa mulher?

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A luz forte do sol invadiu a pequena brecha do quarto de Emma. Por mais pequena que fosse a brecha, o rastro de luz se mostrou intenso e forte, incomodando os olhos da loira que adormecia em sua cama aconchegante. Murmurou, nitidamente aborrecida com aquele brilho solar, embora fosse apaixonada pelo céu, pelo sol, e tudo que poderia ser visto e conhecido da terra sobre aquela imensidão azul em cima de sua cabeça. O despertador tocou, e de imediato Swan segurou o travesseiro, acertando o objeto que fazia barulho, derrubando-o no chão.

─── Agora sim. ── Pôde rir de sua própria reação e deu de ombros. Jogou os pés para o chão, erguendo seu tronco, sentando-se em sua cama. Respirou fundo, passando as mãos em seus olhos. Os esmeraldas se abriam lentamente, ainda em processo para despertar. ─── Um... dois... três... ── Levantou-se e se pôs de pé. Ritual ou mania? Swan tinha esse costume de contar até três e fazer o que tinha que ser feito de imediato. Era como se fosse algum tipo de determinação, bom, ao menos ela acreditava nisso. Ou melhor, como o seu pai costumava fazer sempre. Talvez tenha pego a mania do mais velho. Embora há anos não estivesse morando mais com ele e nem com a sua mãe, há coisas que ficam marcados em nossa memória eternamente.

Sempre seguiu os passos de seu pai. O homem era Delegado Oficial da polícia, e a pequena loirinha sempre o admirou com todo o seu ser. Era lindo vê-lo concentrado, solucionando casos, com suas papeladas, seus óculos e sua caneta azul. A tampa do objeto sempre ficava na boca do mais velho, uma mania do mesmo que, por ventura, Emma também adquiriu ao decorrer dos anos. Hoje o mesmo se encontrava aposentado, e morando com sua esposa em uma cidade um pouco distante.

Sobre sua mãe, com os seus afazeres e trabalho árduo, teve de viajar quando Emma tinha apenas dezesseis anos. David e Emma sentiram falta de Branca durante o tempo curto que ela ficou longe, mas quando retornou, fora uma grande festa. Atualmente, Swan sente muita saudades dos pais, ela costuma ligar em chamada de vídeo para seus pais sempre que pode, ou até mesmo, mandar uma mensagem.

Caminhou até o banheiro, tomou sua ducha matinal. Escovou seus dentes e trocou de roupa. Trajava agora uma calça jeans preta e uma blusa na tonalidade rosa, claríssima, quase poderia ser confundida com a cor branca. Todo o conjunto definia perfeitamente o seu corpo. Optou por uma jaqueta moderna, na tonalidade da cor de sua calça, também escura. Os cabelos foram definidos em ondulações, soltos na medida abaixo dos ombros. Swan decidiu que hoje usaria uma maquiagem mais leve, passou apenas um batom nude e rímel nos olhos. Deixando aquele par de mirantes esverdeados ainda mais atraentes e chamativos.

Ao finalizar sua arrumação, pegou as chaves do carro, sua bolsa e desceu as escadas com certa pressa.

─── Aqui está o seu café da manhã, senhorita Emma! ── Disse Matilde, espiando sua patroa descer pelas escadas. Era uma rotina, Swan nunca parava para tomar seu café da manhã em sua casa, então, Matilde sempre o fazia e embrulhava para a loira levar.

─── Você é um anjo, Matilde! O que eu faria sem você, hein?! ── Simpática como sempre, com um sorriso no rosto, Emma respondeu. Segurou o alimento, colocando-o em sua bolsa. Agradecia mentalmente por ter Matilde e as vezes sequer sabia o que fazer sem aquela mulher para lhe ajudar. Cabelos começando a ficar grisalhos, olhos pretos chamativos e simpatia divina, pura. Esta era a Matilde. Era como se fosse uma segunda mãe para Emma.

A loira caminhou em direção a porta, abriu-a e olhou para trás. ─── Nem ouse em ir embora tarde, hm?! Estou te liberando mais cedo! Descanse. Nem sei se volto para casa hoje. ── Proferiu, saindo de casa. Matilde riu e balançou a cabeça.

─── Cuidado, senhorita Emma! E bom trabalho. ── Acenou com a mão, dando tchau. Emma fez o mesmo após soltar um beijo no ar.

Adentrou ao seu fusquinha cor amarela e seguiu para a delegacia. Mais um dia de trabalho e hoje parecia que alguma coisa iria mudar. Intuição? Talvez. Swan costumava dar muita atenção para essas sensações. Toda vez que sentia isso, algo acontecia. Pensou por alguns segundos que poderia só ser uma ansiedade pelo trabalho que iriam executar hoje á noite mas, poderia ser algo a mais. A mente de Emma não parava sequer por um segundo.

Forbidden love. (Swanqueen).Onde histórias criam vida. Descubra agora