Interlúdio

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Tudo estava indo conforme o planejado.

Primeiro dominar o território, controlar a água, garantir a base de ganhos da comunidade, e mudar o terraceamento com os muros de pedra seca (obrigado, vídeos do YouTube!).

Melhoria da capacidade de atuação, com absorção de tudo que passasse pelas mãos. Atuação no matadouro de cabras e caça do que os locais chamavam de "sem benção" na floresta.

Eu preferia caçar mais Guinchadores, por serem menores, e mais fáceis de matar, e terem mais materiais (como ferro e peles). Por outro lado, os minotauros rendiam mais vitalidade e poder mágico (pois ambos eram filhos deste mundo, o que lhes conferia alguma aptidão para a magia) e possuíam um núcleo mágico maior.

Assim que conseguia absorver alguma habilidade nova, ou mesmo aumentava meus limites iniciais de vitalidade e poder mágico, fazia a transferência - com o copiar/colar – para, no mínimo, mais dois membros da comunidade, garantindo a manutenção dessas conquistas.

Interação com a comunidade realizada, acompanhava o Mestre nas rondas de cura e aconselhamento – aproveitando para dar uma bênção especial Do Um, com a distribuição de vitalidade, magia e habilidades a todos os membros.

Mudança nos hábitos da comunidade realizada!

Com a introdução da pedra como material de construção e a mudança da paisagem, quase toda a montanha já estava terraceada. Parecia aquelas aldeias chinesas com os terraços de cultivo de arroz — terraços a perder de vista, lindão!

Sim, a antiga comunidade de pastores agora estava mesmo mudada. Cada morador já estava com quase 5 vezes mais vitalidade, o Mestre em particular já estava com 20 vezes mais. Todos estavam em outro nível em termos de habilidades, com uma ênfase no atributo vento, (que eu peguei de uns Guinchadores com essa habilidade, né!), que se mostrou super útil para cortar lenha e até mesmo para fazer a colheita nos campos. Agora, esse antigo grupo de pastores e cultivadores isolados num canto do morro estava em outro nível.

E esse passou a ser o problema, pois os olhos de nossos vizinhos humanos começaram a se voltar para nós. Afinal, agora nem tinha como negar, a situação havia mudado e nossa prosperidade estava incomodando cada vez mais.

Sim, nossos velhos engordaram, nossas mulheres passaram a falar e sorrir mais – assim como cuidar mais dos cabelos (digo, pelos, pois você imagina quanto pelo há para pentear), e as crianças estavam cada vez mais ruidosas e correndo, como se a vida se resumisse mesmo só a brincar.

Os jovens estão cada vez mais agitados, querendo expandir seu território e conhecer o que está além das fronteiras da aldeia. Parecia mesmo a embriaguez da primavera!!!

Nessa parte do plano, tudo estava indo bem. Por outro lado, já estávamos mudando mais da metade das casas para pedra, e eu sugeri ao Mestre que uma entrada para a aldeia deveria ser planejada para que pudéssemos ter uma melhor condição de defesa do território.

No início ele não entendeu, mas com as crianças correndo e indo cada vez mais longe, ter fronteiras iria melhorar a paz de espírito das mães. Assim, começamos a fase de demarcação do território.

Escolhi uma passagem natural de subida do morro para o primeiro portal. Remover as pedras soltas e colocá-las na caixa de artigos, limpar uma trincheira de 2 metros de largura e 2 metros de profundidade de lado a lado entre as paredes de rocha, enviando o solo para a caixa de artigos (assim fica fácil, né!).

Proteger as paredes do fosso com as pedras para evitar erosão. Do lado da aldeia, usar areia, água e magia de vento para escavar as paredes da rocha, afinal, água mole em pedra dura, tanto bate até que fura! Ainda mais se tiver uma areia misturada para aumentar o poder abrasivo e cortar a rocha mais facilmente.

Lobo em pele de CordeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora