Lobo em pele de Cordeiro

Primeiro Contato

Confie nos números! Em toda estratégia de campanha, estar do lado que tem os maiores números sempre fez a diferença, e, nesse caso, não foi diferente.

Quando a Comunidade quer, a Comunidade faz!

Conforme os manuais de estratégia e liderança ensinam: deixe claros os seus objetivos. As pessoas devem saber – claramente – por que estão lutando. Seja Zun Tzu (A Arte da Guerra) ou os Manuais de Gestão de Harvard!!! Sim, obrigado, YouTube e Wikipedia! Quanto conhecimento está disponível hoje em dia!!!

A Aldeia não teria mais que lidar diretamente com o pessoal da cidade, haveria menos deslocamentos e preços mais justos. Sem falar que agora poderiam levar os grãos para moer no Moinho, trazer farinha e ainda ganhar dinheiro com os excedentes das safras. Especialmente as mulheres gostaram bastante dessa última parte, pois eram elas que tinham que moer os grãos à mão, e agora podiam contar com um fluxo de caixa para as despesas da casa (dinheiro nas mãos dos homens – mesmo nesse mundo – continua não dando muito certo).

Usando a força de trabalho dos aldeões (lembra que já tinha subido o nível deles, né), em regime de mutirão, recuperamos os campos ao redor do Moinho e, usando a água do rio, irrigamos para que tivéssemos nossa própria fonte de grãos para processar.

O Sr. Alfredo foi às lágrimas quando as rodas do Moinho voltaram a girar pela primeira vez em muitos anos. Foi como um coração voltando a bater, emergindo do silêncio, como na concentração antes da colocar a escola para desfilar, ao som das primeiras batidas da bateria, emitidos em resposta do puxador lançando o grito de guerra da escola.

Assim, arrancou-se um grito de alegria, girando, girando, convidando corações a pensar em novas possibilidades, antes entorpecidos pela cruel realidade do dia a dia, e em relações pautadas pelo abuso e pela opressão, soterradas pelos anos de abandono e falta de empatia.

O Moinho estava vivo novamente!!!

Com a inteligência e a experiência dos nossos "velhos", agora renovados pelo aumento de vitalidade e habilidades, e utilizando os materiais trazidos pelo melhor grupo de caçadores da redondeza (agora com um time de veteranos renovado e experiente). Iniciamos uma oficina de itens de alta qualidade, e que podiam ser vendidos na cidade, elevando as rendas do Moinho.

Desse time de caçadores, também responsáveis pela coleta de materiais na floresta, tomei a liberdade de selecionar cinco deles (contando com a indicação do Sr. Fred – ou Sr. Baruc, como era chamado quando vinha nos visitar). Usando a habilidade de copiar e colar, acrescentei ao menos mais um elemento de magia a cada um (vento e água, fogo e vento, terra e água, etc.), além de magia de fortalecimento, fechando assim nosso time de intervenção rápida.

Acrescentei ao grupo mais dois jovens da Aldeia e mais dois da cidade (além do Sr. Baruc), para juntos formarem a força-tarefa que seria responsável pelos "trabalhos especiais". Sabia que em breve necessitaria dessa força de intervenção!

Infundindo a bênção Do Um em nossa castanheira, ela pôde aprofundar suas raízes, rapidamente atingindo as chamadas veias de energia do planeta. Assim, passou a extrair o poder magico, repassando-o para seus frutos, que agora tinham poderes curativos. Claro que isso só agia sobre os filhos Do Um, já que atuava diretamente sobre a magia que cada um deles possuía.

Em preparação para nosso festival, os aldeões trouxeram nosso Menir, nosso Obelisco sagrado, que foi selecionado pelo Mestre do Topo da Montanha, cortado por mim e carregado pelos aldeões, sob os efeitos da bênção Do Um, dada por mim e pela magia feita pelo Mestre.

Ele foi colocado, orgulhosamente, em nossa praça, já cercada por nossa floresta sagrada, adubada com os resíduos da cidade, convertidos em nutrientes, que renovaram muito a capacidade produtiva do terreno. Isso deu um novo sentido ao ditado de que o lixo de uns pode ser a riqueza de outros (extensível às pessoas descartadas no Moinho, por terem sido declaradas inúteis).