O nome dela era Naga.
Ela chegou no comboio de carroças que estava trazendo materiais de uma das nossas cidades vizinhas e iria voltar com um carregamento de farinha e armaduras.
Quando ela chegou à cidade, enrolada num pesado casaco de lã, quase ninguém a reconheceu, mas todos pararam para olhar.
Foi cumprimentando aqui e ali:
— Que O Um ilumine o seu caminho.
— Que O Um ilumine o seu caminho.
Até que obteve um:
— E que todos os caminhos levem Ao Um!
E seu olhar subiu para encontrar os olhos de quem soube lhe responder o que estava esperando.
— Estou aqui buscando um jovem aprendiz de sacerdote. Você sabe onde posso encontrá-lo?
— Aprendiz de sacerdote? Não, nunca vi. A senhora sabe o nome dele?
— Hum, não. Tem algum sacerdote nesta cidade?
— Não, desde que a Catedral foi destruída, não temos mais nenhum sacerdote. Que tal buscar na Guilda? Pode ser que lá eles saibam de alguma coisa.
— Sim, penso que seja o melhor a fazer. Poderia me indicar o caminho?
E lá foi a estranha visitante buscar aquele que ela mesma não sabia muito bem quem era. Na verdade, ninguém na cidade sabia, pois eu era conhecido como Garn, o caçador.
Entrando na Guilda, ela se dirigiu ao balcão e repetiu a saudação, com pouca receptividade da Luci, mas que — sabiamente — soube chamar o Sr. Belial.
— Que O Um ilumine seu caminho.
— E que todos os caminhos levem Ao Um.
— Como posso ajudá-la?
— Busco um aprendiz de sacerdote. Você sabe me dizer onde posso encontrá-lo?
— Sim, certamente! O Sr. Garn costuma ficar junto à cabana do seu Mestre e se divide entre suas responsabilidades na aldeia, no Moinho — mais a oeste daqui — e aqui na Guilda.
— A senhora teria algum assunto a tratar especificamente com ele, ou posso ajudar em algo?
— Agradeço, mas meu assunto é com ele e seu Mestre. Poderia me dizer como chegar até eles?
Então, Belial, seguidor das antigas tradições, chamou um dos jovens caçadores, deu um dinheiro na sua mão e ordens expressas de acompanhar a senhora até o Moinho, acompanhando-a pessoalmente na caravana da tarde que iria sair agora, no final da tarde. E lá foi o rapaz garantir dois lugares na caravana da tarde.
— Enquanto isso, posso lhe oferecer comida, uma bebida — chá, talvez — um local para descansar até que chegue a hora de sair para pegar a caravana?
— Se tiver algo quente, eu agradeceria. Sim, um chá seria ótimo!
E assim foram os dois para o salão, deixando um rastro de burburinhos e cochichos para trás.
Ao final do dia, chegaram os dois no Moinho e a recepção não foi diferente, todos buscando saber o que trazia aquela pessoa àquele lugar.
A senhora Naga ficou particularmente interessada em conversar com a Lídia e concordou em aceitar pousada para subir para a aldeia somente no dia seguinte...
Sem saber o que se passava, seguia eu a minha rotina.
Mal sabia eu o que me esperava...
Mal o dia raiou e o Mestre já estava de pé, me acordando, falando para me vestir, que tínhamos que descer rápido para o Moinho, que lavasse a cara e colocasse uma boa roupa, pois tínhamos visita!
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Lobo em pele de Cordeiro
FantasyA história de Garn, o flagelo do Velho Mundo, sacerdote Do Um, trazido para destruir os humanos encarnados que vieram antes dele mas que escolheram trair o Deus Criador desse mundo, criando uma nova Igreja: a Igreja dos Heróis. Esses antigos encar...