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"Morra como herói, ou viva o suficiente para se tornar o vilão"
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Anos atrás, houve um equilíbrio de poder entre os feiticeiros jujutsu e as maldições. Esse equilíbrio era mantido por meio de confrontos constante...
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Imagine um mundo onde cada escolha cria um eco no universo, uma realidade alternativa onde cada "e se" ganha vida. Aikyo, perdida em pensamentos, caminhava pela praia deserta, as ondas quebrando suavemente na areia como um sussurro do mar. Ela se perguntava, com uma melancolia profunda, como seria o mundo sem ela.
Se Aikyo nunca tivesse nascido, talvez houvesse um vazio nas vidas daqueles com quem convivia, um espaço que nunca poderia ser preenchido. Será que Shoko ou Utahime sentiria falta de sua companhia, de rir e fofocar? Ou sua risada seria apenas uma memória distante, um som que nunca existiu?
Por outro lado, será que sua ausência seria um alívio para Gojo que sempre estava lhe provocando? Talvez huvesse menos conflitos, menos desentendimentos, uma paz que ela nunca soube que perturbava.
Aikyo pensava na mãe, será que ela teria sido poupada da dor e do sacrifício? Sem ela, talvez tivesse seguido um caminho diferente, longe dos xamãs e de suas maldições.
Se ela morresse, faria alguma diferença no mundo ou seria apenas mais uma pessoa, que seria esquecida com o tempo assim como todas as pessoas no mundo já foram.
— Tá com você! — A voz de Gojo ecoou, carregada de entusiasmo e uma pitada de travessura. Aikyo mal teve tempo de reagir antes de sentir uma pressão firme em suas costas, e num instante, seu mundo virou de cabeça para baixo. Seu corpo tombou para frente em um arco gracioso, mergulhando no abraço frio do mar. A água salgada envolveu-a, um choque gelado contra sua pele aquecida pelo sol da tarde.
Emergindo, ela se sentou na areia molhada, o vestido branco colando em sua pele, gotas de água adornando seus cílios como lágrimas de sereia. Seus olhos encontraram os de Gojo, que ria com uma alegria contagiante, os dentes brilhando. Ao lado dele, Riko segurava a barriga, entregue à hilaridade do momento.
A raiva de Aikyo borbulhava como as ondas ao seu redor, mas ao ver os rostos de seus amigos — iluminados pela luz suave do sol e pela pura alegria do instante — algo dentro dela se suavizou. Um sorriso rebelde rompeu através de sua fachada furiosa, e uma risada escapou, verdadeira e clara como o céu acima deles.
— Não acredito que você fez isso! — ela exclamou, ainda furiosa, mas com um sorriso relutante se formando em seus lábios.
Gojo se aproximou, estendendo a mão para ajudá-la a se levantar. Seus olhos brilhavam com travessura e calor.
— Às vezes, você precisa ser empurrada para a água para aprender a nadar. — disse ele, com um sorriso malicioso.
— Vocês dois vão pagar por isso! — ela ameaçou, mas suas palavras eram leves. — Me ajuda logo.
Ela segurou a mão de Gojo, seus dedos entrelaçados num aperto. Seus olhos encontraram os dele, um brilho travesso refletindo, Satoru, surpreso pela súbita inversão de papéis, apenas teve tempo de arregalar os olhos antes de Aikyo usar toda a sua força para puxá-lo em sua direção.
