— Você está perdoada pelos seus crimes, e a partir de agora poderá retomar a escola Jujutsu. — declarou o ancião, sua voz ressoando com autoridade pela sala silenciosa. Antes mesmo que a mulher pudesse processar suas palavras ou expressar sua gratidão, ele continuou, a severidade em seu tom inabalável. — No entanto, para demonstrar sua lealdade renovada entre os feiticeiros Jujutsu, você será encarregada de uma tarefa especial. Você se tornará responsável por orientar e cuidar de um dos estudantes mais promissores.
Aikyo revirou os olhos de forma exagerada. Seus olhos percorreram o local, absorvendo cada detalhe da sala tradicionalmente austera. Ela estava em uma sala adornada com portas deslizantes japonesas tradicionais, conhecidas como shoji, que filtravam a luz externa e criavam um jogo de sombras no tatame meticulosamente limpo.
A sala estava iluminada de forma suave, com velas estrategicamente posicionadas em cantos discretos, cada chama dançando ao ritmo de uma melodia silenciosa, conferindo ao ambiente um efeito dramático e quase sagrado. Havia cerca de três anciãos responsáveis, figuras de imenso poder e respeito dentro da comunidade Jujutsu, escondidos atrás das portas deslizantes japonesas.
— Virar babá? Eu fiquei presa por cinco longos anos, confinada em um espaço que mal via a luz do dia, para me tornar uma babá? — Aikyo exclamou, seus braços se cruzando em um gesto de desdém. Sua postura era rígida, uma mistura de indignação e incredulidade marcando cada palavra. — O meu pedido, conforme foi prometido pelo venerável mestre Tengen, é a liberdade plena, sem amarras nem condições.
— Assim como mestre Tengen nos orientou, sua reintegração ao mundo Jujutsu não é sem custos. — respondeu o ancião, sua voz calma contrastando com a tensão que se acumulava no ar. — Há sempre um preço a pagar, uma moeda de troca para equilibrar as escalas da justiça e da ordem.
Aikyo revirou os olhos novamente, desta vez com um suspiro teatral que ecoou pelas paredes da sala. Seus dedos deslizaram pelo cabelo, entrelaçando-se nas mechas enquanto ela mexia neles de forma entediada, uma clara demonstração de sua frustração e impaciência.
— E quem seria esse estudante tão importante que requer minha atenção? — perguntou ela, a curiosidade tingindo sua voz de sarcasmo.
— Okkotsu Yuta, um jovem prodígio de dezesseis anos. — revelou o ancião, um brilho de respeito passando por seus olhos. — No momento, ele já interceptou três feiticeiros de segunda classe e um de primeira classe, um feito notável que demonstra seu potencial excepcional.
— E quem está responsável por ele no momento? — Aikyo inquiriu, sua expressão endurecendo ao antecipar a resposta.
— Gojo Satoru, o próprio. — veio a resposta, carregada de significado. — Mas agora, ele precisa de sua orientação, Aikyo. Sua experiência e habilidades serão cruciais para moldar o futuro desse jovem feiticeiro.
Um riso sarcástico soou dos lábios de Aikyo, um som que reverberou pelas paredes da sala e pareceu zombar da tensão que se acumulava.
— Eu já entendi. Vocês estão com medo. — ela disse, a palavra 'medo' saindo carregada de escárnio. — Medo do potencial destrutivo dessa criança, do caos que ele pode desencadear. Vocês veem em mim a solução para um problema que nem mesmo ousam admitir que existe.
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Portais Do Destino - Gojo x OC
Fiksi Penggemar📖 | Não julgue o livro pela capa "Morra como herói, ou viva o suficiente para se tornar o vilão" 🥀🥀 Anos atrás, houve um equilíbrio de poder entre os feiticeiros jujutsu e as maldições. Esse equilíbrio era mantido por meio de confrontos constante...