ㅤ━━━ Capítulo 13

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Aikyo estava imersa em um mar de questionamentos, cada um mais profundo e perturbador que o outro

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Aikyo estava imersa em um mar de questionamentos, cada um mais profundo e perturbador que o outro. Exorcizar, absorver e impedir que o pior aconteça — essas eram suas responsabilidades, mas a que custo? Ela se perguntava sobre o sentido da vida, sobre a natureza cíclica do sofrimento e a inevitabilidade da perda.

“Por que tudo parecia tão repetitivo?” A rotina de salvar os fracos, de sacrificar-se sem fim, havia se tornado um fardo pesado demais para carregar. “Por que temos que sofrer com perdas diversas vezes apenas para que os humanos fracos fiquem bem?” A injustiça disso tudo a corroía por dentro, a sensação de que, não importa o quanto lutasse, sempre haveria mais dor à espera.

E nós? Por que nós também não podemos ficar bem?” Aikyo ansiava por um momento de paz, por uma chance de respirar sem o peso do mundo em seus ombros. “Quando tudo vai acabar? Quando vamos poder respirar aliviados mais uma vez?” Ela desejava desesperadamente por um fim para o ciclo interminável de batalhas e sacrifícios.

“Por que só nós sofremos? Por que eles também não?” A desigualdade entre aqueles que lutavam e aqueles que viviam na ignorância da luta a frustrava. “Por que enquanto adolescentes normais estão estudando, nós estamos lutando contra a morte com unhas e dentes?” Aikyo e seus colegas  eram apenas adolescentes, forçados a enfrentar horrores que nenhum jovem deveria conhecer.

Somos só adolescentes, por que temos que passar por tudo isso?” A culpa era deles por terem nascido diferentes, ou do mundo que exigia que fossem heróis? “A culpa é nossa por termos nascido assim ou culpa do mundo por nos obrigar a ser assim?”

Não vacile e cumpra seu dever como um feiticeiro

Era tudo isso que se passava na cabeça de Aikyo, durante meses, quando aconteceu a última tragédia. As missões, que antes traziam um senso de propósito, agora pareciam ter se tornado sem graça, até mesmo as de nível alto. Onde antes havia adrenalina e determinação, agora residia um vazio, um questionamento se tudo aquilo realmente valia a pena.

— O que você tem, hein? — A voz de Satoru interrompeu os pensamentos de Aikyo mais uma vez. Ele estava de pé, observando-a com um olhar penetrante enquanto ela permanecia sentada no banco da escola, ladeada por Suguru e Shoko.

— Nada. — respondeu Aikyo, mantendo a voz neutra, mas sua expressão dizia mais do que suas palavras.

— Vocês dois estão mais estranhos do que já eram. — Shoko comentou com uma risada abafada, abrindo a janela atrás dele e se acomodando no batente. Ele acendeu seu cigarro, a fumaça se enrolando no ar.

— Eu só estou um pouco cansado. — Geto disse, cruzando as pernas e desviando o olhar. Aikyo, no entanto, conhecia bem demais aquele tom para saber que havia algo mais pesando em seus ombros.

— Vou fingir que acredito nessas baboseiras. — Satoru zombou, um sorriso malicioso brincando em seus lábios. Ele se virou, caminhando em direção a outro corredor, seus passos ecoando na quietude do lugar. — Vejo vocês depois

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