— Seria estranho eu dizer que já esperava te encontrar por aqui de alguma forma? — a mulher de cabelos negros murmurou, sua voz um sussurro quase perdido entre os sons do ambiente. Com suas pernas elegantemente cruzadas uma sobre a outra, ela apoiava o cotovelo no balcão de madeira polida do bar, o brilho suave das luzes pendentes acima refletindo em sua pele. Ela apoiou o rosto na mão, os olhos brilhando com um misto de surpresa e satisfação, enquanto se virava para o homem grande e musculoso que se sentava ao seu lado.
Ele sorriu, um sorriso que começou nos olhos e se espalhou pelo rosto, revelando linhas de expressão. Soltando uma risada baixa, ele colocou uma ficha no balcão, e fez um sinal discreto para o atendente, pedindo uma cerveja.
— Agora posso perguntar o seu nome ou não vai me dizer? — ela perguntou, a curiosidade dançando em seus olhos enquanto balançava o pé, um ritmo que traía sua ansiedade.
— Não acho que seja necessário você saber meu nome. — ele respondeu, sua voz era calma, quase indiferente. Com um movimento fluido, ele agarrou a cerveja que acabara de chegar, o líquido dourado formando bolhas contra o vidro gelado. Ele bebeu um gole generoso.
A mulher observou atentamente as expressões do homem à sua frente. Apesar de sua aparência atraente, com traços marcantes e uma presença que parecia atrair olhares por onde passava, ela não se sentia cativada como as outras mulheres ao redor pareciam estar. Havia algo nele que provocava uma ponta de desconfiança, um mistério que se escondia por trás de um sorriso encantador e olhares penetrantes. Ele era como um quebra-cabeça complexo envolto em um charme magnético e segredos insondáveis.
Além disso, havia uma diferença de idade entre eles, que era inegável. Ele parecia ser bem mais velho que ela.
— Você não é um feiticeiro, não tem energia amaldiçoada, mas dá para ver através dos seus olhos o quanto você os odeio... — ela continuou, seus olhos perscrutadores tentando decifrar as expressões dele, que mantinha um semblante de diversão inabalável. — Hum, você acha os feiticeiros hipócritas que valorizam status e poder acima de tudo, ignorando aqueles que não se encaixam em seus padrões. Seu desprezo pelas tradições e hierarquias dos feiticeiros o levou a querer destruí-los... estou certa?
Por um breve momento, Aikyo notou uma expressão de surpresa que flutuou sobre os olhos dele, um lampejo rápido antes de ser substituído por uma risada despreocupada enquanto ele bebia mais da cerveja.
— Você é ótima em analisar as pessoas, aprendeu isso onde? — ele indagou, um sorriso lúdico brincando em seus lábios.
— Eu cresci sem contato humano direto, e tinha como hobby analisar as únicas pessoas com quem eu convivia. — respondeu, encarando-o com uma intensidade que desafiava a casualidade da conversa. — Mas você já parece saber disso.
Ele riu novamente.
— Você me lembra uma pessoa, a mesma forma de falar.
— Eu só não entendi uma coisa ainda — Aikyo prosseguiu, capturando a atenção que desejava. — Você odeia tanto os feiticeiros, por que não me matou ainda? Ou me ameaçou?
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Portais Do Destino - Gojo x OC
Fanfiction📖 | Não julgue o livro pela capa "Morra como herói, ou viva o suficiente para se tornar o vilão" 🥀🥀 Anos atrás, houve um equilíbrio de poder entre os feiticeiros jujutsu e as maldições. Esse equilíbrio era mantido por meio de confrontos constante...