ㅤ━━━ Capítulo 15

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Um suspiro leve escapou de seus lábios, um sinal suave de contentamento, enquanto seus olhos se erguiam para o céu

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Um suspiro leve escapou de seus lábios, um sinal suave de contentamento, enquanto seus olhos se erguiam para o céu. Era um céu de um azul límpido, sem nuvens, onde o sol brilhava com um esplendor que banhava o mundo em uma luz dourada. O azul do firmamento estendia-se vasto e infinito, um convite silencioso para sonhos diurnos e reflexões tranquilas. Ela ficou ali, parada, deixando a luz do sol aquecer sua pele e o canto dos pássaros preencher seus ouvidos, enquanto uma brisa suave acariciava seu rosto.

O vento frio da tarde acariciava a pele exposta, fazendo-a se arrepiar levemente. A camiseta cropped de manga curta, em um tom de claro, dançava ao sabor das rajadas, revelando o tecido translúcido que mal cobria sua pele. Por baixo, o top preto com alças entrelaçadas desenhava um padrão intrincado sobre seu abdômen definido, terminando em um laço delicado que repousava contra o tecido da calça de cintura alta.

Ela avançou pelo beco, seus passos ecoando contra o concreto gasto, absorvendo os detalhes do local com olhos. O beco, apesar de sua simplicidade, era mantido com esmero, as paredes livres de grafites e o chão varrido. A atenção dela se fixou no garoto à frente, que caminhava com uma bolsa pendurada em um ombro, o peso parecendo puxá-lo para trás a cada passo.

— Você é o Megumi? — Sua voz cortou o silêncio, clara e firme.

O menino se virou abruptamente, uma expressão de desconfiança marcando suas feições jovens. A semelhança com o pai era inegável, como se o tempo tivesse sido rebobinado e ela estivesse olhando para o passado.

— Quem é você? — A pergunta do garoto veio carregada de cautela.

— Eu sou irmã do seu pai. — respondeu, mantendo a calma e a serenidade em sua voz.

— Meu pai nunca disse que tinha irmã. — Megumi cruzou os braços, o olhar avaliador não deixando transparecer suas emoções. — Por que devo confiar em você?

— Não deve, eu só queria te conhecer. — Ela se agachou, ficando na altura dos olhos dele, um gesto de igualdade e respeito.

Megumi manteve o olhar fixo nela, ainda cético. Os olhos dele brilhavam com a intensidade de alguém que havia aprendido a desconfiar cedo demais. A mulher diante dele, com uma expressão que misturava serenidade e um traço de tristeza, parecia deslocada naquele cenário de concreto.

— Você é muito fofo. — Ela não pôde resistir ao impulso estendendo a mão para acariciar a bochecha macia da criança, seus dedos gentilmente apertando a pele suave. A criança olhou para ela, um pouco surpreso com o gesto afetuoso. Em seguida, ela se levantou, um pequeno sorriso brincava em seus lábios, um vislumbre de ternura em seus olhos.

— Fique bem. Nos veremos algum dia. — As palavras flutuaram no ar.

Dito isso, ela se virou, seus passos ecoando suavemente no chão de pedra enquanto caminhava de volta pelo caminho que havia entrado. O menino ficou ali, parado, uma sobrancelha arqueada em confusão. Ele observou a figura dela se distanciar, sua silhueta se tornando cada vez mais difusa até se misturar com as sombras do entardecer. Ela era, de fato, uma presença enigmática, deixando para trás um rastro de mistério.

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