ㅤ━━━ Capítulo 2

108 18 4
                                    

De repente, o ar ficou denso, quase palpável em sua ausência, enquanto uma escuridão abrangente engolia cada centelha de luz

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

De repente, o ar ficou denso, quase palpável em sua ausência, enquanto uma escuridão abrangente engolia cada centelha de luz. Ela estava sozinha, envolta na vastidão do nada, onde apenas o eco distante das gotas de água quebrando o silêncio e o ritmo acelerado de seu coração pulsando em seus ouvidos serviam como lembrete de que ainda estava viva.

Seus olhos, pesados e incertos, lutavam para se adaptar à água que a envolvia, um líquido frio e onipresente que a abraçava com uma intimidade invasiva. Uma pontada de dor aguda atravessou seu braço ao tentar mover-se, e ao abrir os olhos, ela viu: fios e cabos emergiam de seu corpo como raízes buscando terra firme, mas encontravam apenas o vazio, enquanto ela flutuava, suspensa naquela solução aquosa. Estava confinada em um tubo, um casulo de vidro que parecia tanto um santuário quanto uma prisão.

E então, ela respirou profundamente, sentindo a estranha sensação de uma mangueira
que se estendia de sua boca até o nariz, um lifeline que a mantinha presa à realidade. “O que está acontecendo?” Ela se perguntava, seus olhos varrendo a sala estéril, branca, com suas mesas metálicas que refletiam a luz fria de lâmpadas distantes.

O som dos saltos ressoou pelo corredor estéril, um prelúdio para a entrada da mulher de cabelos negros como a noite. Seu sorriso era enigmático, quase predatório, enquanto ela rabiscava observações em sua prancheta. Mas ao levantar o olhar e encontrar os olhos da garota, uma surpresa genuína se desenhou em seu rosto.

— Como conseguiu acordar novamente? — A voz dela era um sussurro de incredulidade, misturado com um temor

A garota, presa naquele mar artificial, lutava contra as amarras invisíveis da água gelada, seus movimentos desesperados apenas um murmúrio abafado. Ela implorava com os olhos, suplicando por liberdade, mas a mulher permanecia imóvel, uma estátua contemplando uma anomalia.

A luta da garota contra a água era uma dança trágica, cada movimento mais fraco que o anterior, até que seus olhos, em um lampejo de fúria, incendiaram-se em um vermelho ardente. O vidro do tubo, agora marcado por uma rachadura fina, se trincava. Mas, assim como a chama de uma vela em uma chuva, a força dela se esvaiu, e a escuridão a reclamou mais uma vez, envolvendo-a em seu manto frio e silencioso.

Os olhos vermelhos de Aikyo se abriram bruscamente, e seu corpo se jogou para frente, seus olhos vagando pelo quarto enquanto tentava se orientar. Ela estava segura naquele lugar. Um suspiro de alívio encheu seus pulmões.

Mais um pesadelo.

Seus pés tocaram o chão gelado, e ela olhou para o relógio que marcava alguns minutos adiantados do horário que ela acordava habitualmente. Com um suspiro cansado, de uma noite mal dormida como sempre, Aikyo tomou um banho e se vestiu com o uniforme padrão que recebeu da Escola Técnica de Jujutsu.

Embora os uniformes tivessem um padrão geral para manter uma certa uniformidade e identidade escolar, a escola permitia alguma flexibilidade para que os alunos expressassem sua individualidade e adaptassem suas vestimentas às suas necessidades de combate e preferência pessoal.

Portais Do Destino - Gojo x OCOnde histórias criam vida. Descubra agora