— O que você está fazendo aqui?
— Não ficou sabendo que eu voltaria? — Aikyo abriu um sorriso, apoiando-se casualmente na parte de trás do banco. Ela levou o cigarro aos lábios, inalando profundamente antes de exalar uma nuvem de fumaça cinzenta que se dispersou lentamente no ar frio da noite.
— Não.
Gojo permanecia imóvel, desde que Shoko saiu, ele não havia se mexido, uma tempestade de sentimentos refletida em seus olhos, mesmo por baixo da venda branca — raiva, surpresa, confusão.
— Foi uma decisão de última hora. Fui perdoada pelos meus crimes.
— Onde você esteve todo esse tempo?
— Vaguei por aí — respondeu a mulher, sua voz um sussurro quase perdido no vento. Ela observava Gojo, curiosa com o que via se formar em seus olhos azuis escondido. — E também... buscando uma maneira de compensar meus erros.
Gojo franziu a testa, as linhas de preocupação marcando sua pele pálida enquanto lutava contra um turbilhão de emoções que ameaçava engoli-lo. Ele deu alguns passos hesitantes em direção a ela, seus olhos nunca deixando o rosto dela, como se temesse que ela desaparecesse novamente.
— Compensar? Aikyo, você sumiu sem deixar rastros. Todos pensaram que você estava...
— Morta? — Aikyo completou por ele, uma risada forçada escapando de seus lábios, mas seus olhos não sorriam. Havia uma amargura lá, uma sombra de dor. — Não, Gojo. Eu estava em busca de redenção.
— E você encontrou?
— Sim, foi assim que consegui o perdão. — Ela jogou o cigarro no chão, esmagando-o sob a sola do sapato com um gesto decidido. — Mas voltei para terminar o que comecei. E, pelo visto, para cuidar de um garoto prodígio chamado Okkotsu Yuta.
Gojo soltou um suspiro pesado, o som carregado de fadiga. Ele passou a mão pelos cabelos brancos, uma tentativa de afastar a confusão que o assolava.
— Como você foi perdoada?
— Encontrei-me com o mestre Tengen. Ele propôs um acordo. Cinco anos me dedicando a protegê-lo, e depois estaria livre de todos os meus crimes. — Aikyo ainda podia sentir o peso do olhar de Satoru sobre ela, mesmo quando desviava o olhar para o chão. — Foi por isso que desapareci. Eu só estava tentando encontrar meu caminho de volta para casa.
Gojo estreitou os olhos, a raiva e a decepção fervilhando sob a superfície.
— E você nem sequer pensou em me contar? — Sua voz estava carregada de frustração, cada palavra como um golpe. — Você simplesmente desapareceu, sem uma única palavra.
Aikyo suspirou, cruzando os braços defensivamente. — Eu não podia, Satoru. Se eu tivesse contado, poderia ter colocado todos em perigo. Foi uma decisão difícil, mas necessária.
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Portais Do Destino - Gojo x OC
Fanfiction📖 | Não julgue o livro pela capa "Morra como herói, ou viva o suficiente para se tornar o vilão" 🥀🥀 Anos atrás, houve um equilíbrio de poder entre os feiticeiros jujutsu e as maldições. Esse equilíbrio era mantido por meio de confrontos constante...