La Paura Del Buio - Damiano David.

Ventisettesimo.

Abby Green
Roma, Lacio

Roma nos recebeu com um céu azul intenso, tão vibrante quanto a memória da última vez que estive aqui. Eu ainda conseguia sentir o eco dos risos, das conversas animadas e dos momentos de amor que compartilhamos nesta cidade. Mas agora, com Beni em nossos braços, Roma parecia mais que uma cidade; era um lar em potencial.

Desembarcamos no aeroporto de Fiumicino, e a primeira coisa que senti foi a diferença de ar. Não era o ar de Los Angeles, carregado de sal do mar e o cheiro das árvores de eucalipto. Roma tinha um cheiro próprio — uma mistura de história antiga e café expresso, misturado com uma pitada de fragrância de pinheiro mediterrâneo. No entanto, a sensação mais nova era Beni no carrinho, olhando para o mundo com aqueles grandes olhos curiosos, enquanto Damiano empurrava o carrinho com um cuidado protetor.

O aeroporto estava lotado, como sempre, mas desta vez eu estava mais calma. Phoebe e Bea estavam logo atrás de nós, conversando animadamente sobre alguma coisa. Victoria, Ethan, e Thomas estavam um pouco à frente, rindo de algo enquanto aguardavam na fila da imigração. A excitação do grupo era palpável; afinal, essa seria uma viagem cheia de marcos importantes: o lançamento do novo álbum do Måneskin e, claro, o batizado de Beni.

— Pronta para mais uma aventura? — Damiano perguntou, inclinando-se para mim com um sorriso suave.

Eu sorri de volta, sentindo uma onda de calor.

— Mais do que nunca — respondi. O pensamento de mostrar a Beni esta cidade tão rica em história e cultura, de trazê-lo para perto da família de Damiano, me enchia de uma mistura de excitação e tranquilidade.

Depois de um processo de imigração surpreendentemente rápido e eficiente, recolhemos nossas malas e fomos recebidos por um motorista de táxi contratado pela família de Damiano. Ele era um homem robusto e simpático, com um sorriso caloroso que fez Beni dar um pequeno sorriso em resposta.

— Bem-vindos a Roma — disse ele, carregando nossas malas no carro com uma eficiência que só poderia vir da experiência.

No caminho para a casa dos David, observei as ruas de Roma passando por nós como um filme familiar. As praças, as fontes, as pequenas lojas com fachadas coloridas. Havia uma beleza reconfortante na cidade, algo que me fez sentir uma pontada de nostalgia. Roma sempre foi um lugar de amor e descoberta para mim, mas agora, com Beni, tinha um significado ainda mais profundo.

— Damiano, o que a sua família preparou para hoje? — perguntei, olhando para ele com curiosidade. Eu sabia que Rosa e Daniele estavam ansiosos para ver Beni, e não conseguia imaginar o que eles poderiam ter planejado para nossa chegada.

Damiano sorriu, seus olhos brilhando com a expectativa.

— Nada muito elaborado, só um almoço simples. Mas eles estão muito animados para ver o pequeno pela primeira vez em Roma.

Chegamos à casa da família David, um belo edifício de três andares com uma fachada de pedra antiga e um jardim acolhedor. A porta se abriu antes mesmo de o táxi parar completamente, e Rosa saiu correndo para nos receber, seu rosto radiante de alegria.

— Abby, querida! — exclamou, envolvendo-me em um abraço caloroso. — Oh como Beni está gigante! Ele está bem maior do que eu imaginava.

Daniele estava logo atrás dela, sorrindo amplamente.

— Bem-vindos de volta — disse ele, com um brilho nos olhos enquanto olhava para seu neto.

O almoço foi uma celebração simples, mas cheia de amor e risos. Beni foi o centro das atenções, claro, sendo passado de colo em colo enquanto todos se maravilhavam com cada pequeno gesto e expressão sua.