Abby Green
Los Angeles, CAA primeira noite de Beni em casa deveria ter sido o epítome da paz e felicidade recém-descobertas. Ao invés disso, se revelou uma maratona de frustração e desespero.
Beni começou a chorar por volta das 10 da noite, e embora no início eu estivesse relativamente calma, depois de algumas horas de tentativas fracassadas de acalmá-lo, a ansiedade começou a se infiltrar. A princípio, tentei de tudo: balançar, amamentar, cantar suavemente, mudar sua fralda. Nada parecia surtir efeito. Ele continuava a chorar, com o rosto vermelho e os pequenos punhos cerrados, enquanto eu sentia minha confiança evaporar.
— Shh, Beni — está tudo bem eu sussurrava, tentando manter a calma na voz. — Mamãe está aqui.
Damiano, que estava na sala de estar, logo ouviu meus esforços falhando e veio para o quarto. Ele olhou para mim, e pude ver a preocupação em seus olhos.
— Deixa eu tentar — ele sugeriu, estendendo os braços para pegar Beni. Eu entreguei o bebê a ele com um suspiro aliviado, embora uma parte de mim soubesse que ele provavelmente enfrentaria o mesmo desafio.
— Vai dar tudo certo — ele disse, mais para mim do que para Beni, enquanto começava a balançá-lo suavemente.
Sentada na cama, observando Damiano, eu me senti impotente. Ele tentou de tudo também: caminhou pelo quarto, balançou Beni no ritmo de uma canção que murmurava baixinho, até tentou usar um aplicativo de ruído branco no celular. Mas nada parecia funcionar. O choro continuava, incessante.
— O que estamos fazendo de errado? — perguntei, minha voz trêmula de cansaço e frustração.
— Não sei — Damiano respondeu, balançando a cabeça. — Talvez ele esteja com algum desconforto, ou apenas se ajustando.
O relógio marcava 1 da manhã e o choro persistia. A essa altura, eu estava exausta. Cada minuto parecia durar uma eternidade. Beni estava enrolado em uma manta que minha mãe havia feito para mim, e eu não conseguia deixar de pensar em como ela teria sabido o que fazer. Eu senti uma saudade intensa, uma dor que não era apenas pela falta de sono, mas pela ausência de alguém que eu nunca mais veria.
— Vamos tentar o banho — sugeri finalmente. — Talvez a água morna ajude.
Damiano concordou, e juntos levamos Beni para o banheiro. Preparamos uma banheira pequena com água morna e cuidadosamente colocamos Beni nela. Ele parou de chorar por um momento, o que nos deu um fio de esperança, mas logo recomeçou.
— É como se nada funcionasse — eu disse, sentindo as lágrimas se acumularem. — O que mais podemos fazer?
— Não sei — Damiano respondeu, igualmente exausto. — Talvez ele só precise de tempo.
Tiramos Beni da banheira, secando-o com uma toalha macia, e o colocamos de volta no berço. Mas o choro continuava. Era quase insuportável ver meu filho em tal desconforto sem poder fazer nada para ajudá-lo.
— Ele precisa dormir — murmurei, minha voz embargada. — E nós também.
Damiano tentou cantar uma canção de ninar novamente, uma antiga que sua avó costumava cantar para ele. Ele balançava Beni, tentando ao máximo acalmá-lo, mas o bebê ainda parecia inconsolável.
— Talvez ele esteja com fome de novo — Damiano sugeriu, desesperado por tentar algo novo.
Eu balancei a cabeça, embora tivesse amamentado Beni há pouco tempo. Peguei-o de volta, ajustando-o para amamentar novamente. E, por algum milagre, ele pareceu aceitar. Por alguns momentos, o choro diminuiu, e eu me senti grata por qualquer alívio, por mais breve que fosse. Mas depois de alguns minutos, o choro recomeçou.
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La Paura Del Buio - Damiano David.
RomanceA vida de Abby, uma jornalista com sonhos adormecidos, se transforma quando ela se vê grávida do famoso rock star, Damiano David, após uma noite de paixão sem compromisso.