Capítulo 8

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Eu e João subimos ao telhado, enquanto os outros, seguíam em direção ao primeiro grupo que estava próximo a nós e em seguida ao que está na frente da batalha.
A adrenalina percorre todo o meu corpo assim como o medo de falhar. Aquilo era muita responsabilidade!

- Viviane? Viviane, alô terra chamando.

- Oi? que? Me desculpe João, estava pensando.

- O Senhor está conosco e ELE nos capacitará. Vai dar certo, afinal, foi ELE quem planejou.

João estava certo, o plano ao qual estavamos prestes a executar não veio da mente de Tiago, mas sim uma estratégia dada pelo Pai, ou seja não havia como dar errado. Sendo assim respiro fundo e miro na caixa de água em nossa frente assim como meu companheiro. Em silêncio esperamos o sinal vindo de parte de Tiago e assim que mais uma onda de tiros da parte do inimigo cessa, ele nos dá o sinal que esperávamos.

- Agora! - diz João.

E assim aperto o gatilho e em segundos os meus companheiros fazem o mesmo, foram tantos tiros aos quais nem poderíamos contar, fazendo com que um grande buraco fosse aberto na caixa despejando toda a água em cima de nossos inimigos que assustados decidiram recuar, enfim aquele combate havia terminado, Graças a Deus.

- Glória a Deus ... - Assim ouvimos a maioria dos guardas gritando enquanto se abraçavam.

- Graças a Deus. - diz João -
Acabou Vivi.

- Obrigada, SENHOR! - digo e logo descemos indo ao encontro de nossos irmãos. Os gritos de alegria pairam sobre nós, assim como alguns gemidos de dor vindos de alguns dos soldados que haviam se machucado, mais Graças a Deus nada grave e graças a ELE não perdemos ninguém.

- Eu sabia que você conseguiria. - O Capitão é o primeiro a vir me cumprimentar.

- Graças a Deus! Se não fosse ELE, eu não conseguiria.

- Glórias sejam dadas ao nosso Deus.

- E agora o que faremos?

- Bem, agora vamos para casa. Precisamos descansar e cuidar dos feridos, irei mandar outros soldados para cá.

E assim fazemos seguimos de volta para a cidade, os feridos vão direto para a enfermaria. E todos os outros seguem para suas tendas, assim como eu estava exausta, mas muito feliz e agradecida ao nosso Deus pelo livramento que ELE nos deu.
Amanhã seria um novo dia e eu precisava está bem descansada. O Capitão colocou outros guardas para ficarem no orfanato assim como reforçou a guarda na fronteira, desta forma, depois de uma oração e um bom banho, assim como uma bela refeição, deito me e logo adormeço sentindo o coração transbordar de paz. A Paz que excede todo o entendimento.

- Vivi... - Ouvia uma doce voz a me chamar, uma voz  bastante conhecida para mim. - Viviane! - diz levantando o tom de sua voz, o que me faz segurar o sorriso que queria escapar de meus lábios. Eu me acordei na segunda vez que ela me chamou, mas fiquei quietinha para ver o que ela faria e assim que ela fica embravecida, me espreguiço na cama e abro os meus olhos lentamente dando de cara com uma pequena com carinha de brava a me olhar.

- Bom dia, pequena! - falo e sorrio para ela.

- Bom dia? Já é boa tarde e a senhorita está atrasada para o almoço. - diz e cruza os braços em cima do peito.

- Como assim? - digo e pulo da cama ficando tonta em seguida e quase caindo, mas consigo me equilibrar e me sentar na cama novamente.

- Tia, você está bem? - pergunta com um semblante  preocupado e se senta ao meu lado.

- Sim, querida! Foi só uma tontura por que me levantei rápido demais. Aí eu perdi a hora! Estava muito cansada, por isso não ouvi o alarme e nem a corneta soar. Que mal exemplo em senhorita Viviane! Com certeza vou receber uma advertência. - digo por fim colocando o meu rosto apoiado sobre minhas mãos.

- Quanto a isso tia não se preocupe, o tío deu o dia de folga a todos que estavam no conflito ontem. Fiquei tão preocupada com a senhora e com o tio, aliás com todos - diz e me abraça - Nem acreditei quando o tio nos contou, acabamos não ouvindo nada já estávamos na cama naquele horário. Graças a Deus que todos estão bem!

- Sim, minha pequena. - passo as mãos sobre os seus cabelos longos e loiros - Graças ao SENHOR estamos todos bem, e não precisa mais se preocupar está bem? - ela balança a cabeça concordando comigo - Agora vamos cuidar, se não fico sem almoço - nós caímos na risada sabendo que pelo tanto de soldados isso não era difícil acontecer. Dito isto me levanto tomo um banho, me visto com meu uniforme, e vou com a pequena para o refeitório. Já não havia muitos soldados por lá devido ao horário. E assim como todos os dias, um em questão estava lá concentrado em seu prato e podia jurar que o mesmo estava sorrindo.

- O senhor viu passarinhos verdes, capitão? - pergunto me aproximando dele o pegando de surpresa. E assim que o seus olhos encontram os meus, um sentimento ao qual eu vinha lutando a semanas faz com que o meu coração salte dentro do peito.

- A senhorita estava bastante cansada não é mesmo? - fala e se levanta puxando a cadeira ao lado para que eu me sentasse e em seguida a da Ayla.

- Sim! Mas isso não é desculpa para me acordar a está hora! Se o senhor não tivesse dado folga eu estaria encrencada certo?

- E quem disse que a senhorita não está? - fala seriamente.

- Eita, então eu não estaria, eu estou né? - digo levando totalmente a sério a sua fala e logo o mesmo explode em uma gargalhada. - Está brincando comigo, senhor Tiago? - cruzo os braços.

- Um pouco! - fala respirando fundo tentando conter as suas risadas.

- Como assim " um pouco"?

- Bem, como forma de puni-lá pela sua perca de horário tera que me ensinar a técnica que usou naquele dia em seu treinamento, nunca vi nada igual. - fala e sorri.

E diante do seu elogio sinto as minhas bochechas arderem, sem dúvidas fiquei vermelha, nunca fui boa em lidar com elogios.

- Ah, que horrível! Passar o dia treinando. Não teria castigo pior... - digo fazendo alguns gestos com as mãos, o que leva os meus companheiros de almoço rirem sem parar.

- Tia, a senhora é ainda mais dramática que o tio. - diz a pequena rindo.

- Eu sou dramático? - pergunta  encarando a pequena que não sente nenhum pouco de medo do olhar do mesmo.

- É sim! - diz e dá de ombros. - Mas a tia tá ganhando.

- Obrigada! Sempre fui uma boa atriz. - digo e balanço os meus cabelos. Enquanto eu e a pequena rimos, o homem ao meu lado nos observa parecendo viajar pelo tempo.

- Terra chamando tio Tiago ... - diz a pequena enquanto estrala os dedos na frente do mesmo.

- Oi? Que? O que foi que eu perdi?

- A sua cara de bobo olhando para tia vivi... - diz a pequena levando as mãos a boca rindo.

Ele abaixa a cabeça um tanto envergonhado, assim como eu trato de olhar para a pequena com os olhos levemente arregalados.

- Vai ao culto hoje tia? - pergunta chamando a nossa atenção.

- Sim! - respondo - Não perderia por nada.

- Ótimo! Tio vamos passar na tenda da tia para buscá-la e vamos todos juntos? - pergunta Ayla.

- Claro! - ele responde.

- Ótimo ! - diz ela batendo palminhas. E assim continuamos o nosso almoço, conversando e rindo a toa com as brincadeiras feitas pelo Tiago.

Mais um capítulo pra vocês!

Me contem o que estão achando?

Que Deus os abençoe e não esqueçam das estrelinhas no final de cada capítulo ❤️

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