Um mês se passou e as tropas reservas chegaram, e logo foram mandadas para ajudar na proteção da fronteira. Entramos em um propósito e através da oração e do jejum a resposta veio; não iríamos recuar! O SENHOR nos daria a vitória e estaria conosco. Não seria fácil mas a vitória era garantida. Grandes coisas o SENHOR iria fazer em nosso meio.
Eu e Tiago organizamos alguns dias de brincadeiras com as crianças do orfanato e as poucas que ainda restavam na cidade. Convidamos a todos, que prontamente nos ajudaram a organizar as brincadeiras, a cuidar de todas as crianças, foram dias bastante divertidos, poderia até dizer que foram dias necessários, afinal, o clima estava tenso demais.
Mediante a mais um dia que se iniciava, eu, Tiago, João e Diego vamos em direção as nossas tendas quando de repente um som de alarido e trombeta invadem a cidade. Eles cumpriram o que haviam prometido e vieram com todas as forças sobre nós.
Mas não nos pegaram desprevenidos e diante das ordens do Comandante e do Capitão somos dividos em grupos e toda a população é levada para dentro do orfanato sendo instruídos a não saírem de lá por nada. Um grande grupo de soldados fez um círculo em volta do mesmo, enquanto os outros foram em direção a fronteira e ao chegarmos damos de cara com uma intensa troca de tiros. Eles eram muitos, mas Maior era Aquele que estava conosco do que o quê estava com eles.
Tendo uma grande vala e o restante do muro de Jerusalém entre os dois exércitos, o que era muito propício pois assim podíamos nos esconder e nos desviar dos tiros. Ao ponto em que o primeiro grupo tentava inibir a aproximação dos soldados inimigos, o restante fazia retaguarda e se escondia entre as ruínas das antigas casas que existiam ali; De repente ouvimos um grande barulho e um raio corta os céus caindo em meio ao território do inimigo, assim os céus se escurecem e uma chuva torrencial começa a cair.
- Viviane, Viviane, aonde você está? - grita Tiago enquanto olha por todos os lados a procura dela.
- Ela estava bem aqui atrás de nós ... - diz Diego que também sai a sua procura.
O que eles não esperavam é que poucos minutos antes do raio cair no meio do território inimigo, um grupo contendo três soldados haviam conseguido passar por uma parte da floresta que ainda restava em pé, pegando assim de surpresa Viviane que havia se afastado um pouco dos homens para orar ao SENHOR.
- Capitão ... - um dos soldados chama.
- Sim? - diz ele com um semblante preocupado.
- Veja isto... - fala e entrega para ele um binóculo. - Parecessem ser três homens e acho que estão carregando algo? - O Capitão da zoom no binóculo podendo assim enxergar melhor.
- Não é algo, Jhon! É alguém, é a Viviane... - diz e logo larga o binóculo nas mãos do soldado pegando em seguida sua arma e indo as pressas em direção a fronteira.
- Espere, Tiago onde você pensa que vai? - pergunta João vendo o desespero do amigo.
- Eu tenho que salvar ela! Eu... eu não posso perde-la. - respondeu.
- Você não pode ir, é muito arriscado! - falou João - Nós iremos fazer um plano e iremos resgata lá.
- Não dá tempo de fazer plano. - respondeu Tiago firme - Eles podem ... Eu não quero nem pensar nisso. Eu vou atrás dela!
- Então, eu vou com você! - falou João.
- Não! Preciso de você aqui para ajudar o Comandante e ... - respondeu Tiago - João quero que me prometa algo...
- Há não Tiago, não me venha com essa... - falou João balançando a cabeça em negação tão nervoso quando o amigo.
- Escute! - diz e coloca as mãos sobre os ombros do homem ao qual ele viu crescer e amadurecer e que se converteu em seu melhor amigo ao longo de todos desses anos. Ele poderia dizer que não só em um amigo, mas em um irmão. - Se algo acontecer, me prometa que vai cuidar da Ayla?
- Tiago, você sabe que é você quem vai cuidar dela. - respondeu João o encarando sério.
- João, por favor me prometa? - pediu Tiago mais uma vez.
- Eu prometo! - respondeu João sabendo que não adiantaria tentar convencê-lo do contrário - Mas você vai voltar, aliás vocês vão.
- Ore por nós? - pediu Tiago.
- Sempre!
E dito isso o mesmo sai correndo pelo arraial passando pelo meio dos soldados que faziam um escudo para ele, e assim que seus pés cruzam a estrada que separa os dois países, ele sente uma mistura de adrenalina e medo percorrerem o seu corpo.
- PAI, cuide nós! - pede em pensamento enquanto se aproxima dos soldados que estão logo a frente.
A medida em que ele avançava, se lembrava de todas as promessas, as quais Seu PAI, havia lhe feito ao longo de sua vida.
" Você terá uma família. "
" EU vou usar você para ganhar almas para o meu reino."
" O seu testemunho irá alcançar muitas pessoas"Não! Ele não podia ceder ao medo. Não era o fim. ELE ainda tinha muito para viver. E mediante a certeza que a cada dia brotava em seu coração, seria com ela que ele viveria e veria cada promessa que o SENHOR lhe fez sendo cumprida.
A poucos passos dos homens que acabaram parando e discutiam algo ao qual não dava pra ouvir, Tiago pega sua arma e atira contra a parede que estava mais a frente, indicando que eles já haviam chegado na cidade de Nínive. Mediante ao som dos tiros os soldados se viram dando de cara com um Capitão com um semblante de poucos amigos.
- Soltem ela! Ou então... - ordenou com eles na mira - dêem adeus a este mundo!
- Ora, ora! Quem temos aqui... - um dos soldados toma a frente, colocando Viviane que se encontrava desacordada nos braços do outro soldado. -Resolveu nós fazer uma visita? Comandante Tiago!
- Eu não quero conversa, Felipe! Me entregue ela e saia da minha frente. - Mediante aquele tempo de conflito, a maioria dos soldados já se conheciam. E não era diferente com Tiago e Felipe, quase sempre ambos ficavam frente a frente.
- Calma! Olha eu achei que os cristãos fossem mais calmos! - diz e sorri, levando os dois soldados que estavam com ele a rirem também.
- Não venha com as suas gracinhas e deboches Felipe! Ja chega disso. - Ele olha para Tiago e em seguida para Viviane, com um sorriso malvado estampado no rosto pergunta;
- Se eu estiver entendendo direito o querido Capitão tem uma protegida...
- Eu luto pelos meus Felipe e me preocupo com eles diferente de você.
- Não! Não é só isso. Já nos enfrentamos antes e você nunca ultrapassou aquela barreira nem mesmo depois do nosso ataque o qual resultou na morte do seu companheiro de batalhas. Como era mesmo homens o nome dele?
- Pedro. - um dos soldados responde.
E diante a lembrança daquele dia terrível, ao qual ele próprio viu um dos melhores soldados do exército de Israel e também o homem ao qual o acolheu e o ajudou em seus primeiros dias por lá se tornando assim seu melhor amigo, além de sua esposa Ellen sendo mortos, devido a uma bomba que fora lançada acertando em cheio as casas que haviam próximos a entrada da cidade. Era dolorido demais, assim como lembrar do dia em que teve a pequena Ayla de apenas 5 anos em seus braços. Felipe sabia que aquilo tinha sido doloroso para ele e faze-lo relembrar daquele dia era uma maneira de desestabiliza-lo, enquanto o soldado era envolvido nestas lembranças sem que ele esperasse mais dois soldados saem do meio da neblina e partem para cima dele o pegando de surpresa sem ter como reagir, recebe uma pancada na cabeça e desmaia, tendo como sua última visão o rosto de sua amada.
Mais um capítulo pra vocês!
Espero que vocês estejam gostando.
Não esqueçam de deixarem suas estrelinhas e comentários.
Que Deus os abençoe! ❤️
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Amor Em Meio a Guerra
RomanceViviane com apenas 20 decide ir contra a vontade dos pais quando afirma que a sua vontade era servir no exército. Seus pais queriam que ela fizesse a faculdade de Medicina, mas o coração da jovem ansiava por outros caminhos e tendo a confirmação de...