— Quantas vezes vou ter que falar que não pode fumar aqui dentro? — A voz do diretor era um misto de irritação e resignação. Ele olhou para Aikyo com um olhar reprovador, mas ela apenas deu de ombros, indiferente à sua frustração. — Sinceramente, cansei de brigar com você e a Shoko.
Aikyo não respondeu, deixando que a fumaça de seu cigarro se enrolasse e desaparecesse pela janela aberta. Ela estava apoiada casualmente no batente da janela, seu corpo curvado em uma pose relaxada, mas seus olhos eram tudo menos calmos. Eles varriam o grupo de quatro alunos abaixo, que conversavam animadamente, alheios ao olhar atento de Aikyo.
Ela podia ouvir fragmentos de suas conversas, o entusiasmo juvenil em suas vozes contrastando fortemente com a tensão que ela sentia.
Seu coração batia com a ansiedade que roía seu corpo, uma sensação que parecia querer consumi-la por inteiro. Aikyo tentava manter a compostura, mas seus dedos trêmulos traíam seu nervosismo interno. Satoru, notou a inquietação sutil de Aikyo. Seus olhos penetrantes não perdiam nada, e ele podia ler as pessoas como se fossem livros abertos.
— Ainda não captamos nenhuma movimentação do Geto. — o diretor prosseguiu com o assunto anterior. — Vocês tem certeza que não estão preocupados atoa?
— Isso é impossível. — Satoru continuou, cruzando os braços. — Eu e Aikyo fomos ver pessoalmente, eu nunca confundiria os resquícios de energia amaldiçoada de Suguru.
Aikyo soltou um suspiro profundo, virando-se de costas para a janela. Ela se apoiou na estrutura do batente enquanto o cigarro pendia casualmente entre seus lábios. A fumaça se elevava em espirais antes de se dissipar no ar, levando consigo um fragmento de sua tensão.
Dois dias atrás, Yuta e Inumaki haviam enfrentado uma maldição de nível um, uma entidade sinistra que, sem sombra de dúvida, havia sido enviada por Geto Suguru. Aikyo e Satoru foram ao local da missão e lá, um pressentimento desconfortável os invadiu. Eles sentiram a energia residual de Suguru, uma assinatura inconfundível que indicava sua presença na cidade. Era evidente que ele estava em busca da maldição Rika.
Yaga, o diretor, sentia o peso em seus ombros. Ele suspirou, sua cabeça pulsando com a pressão de inúmeros problemas convergindo ao mesmo tempo. A cidade estava em tumulto com transformações mutantes assolando as ruas, feiticeiros desaparecendo, vítimas das maquinações de Ayame. E agora, para adicionar ao caos, havia sinais de sabotagem em uma missão que deveria ser simples para dois alunos do primeiro ano.
— Mais que droga! — A voz do diretor ecoou pelo corredor com uma urgência que fez os dois se entreolharam. — Juntem todos os feiticeiros de nível 1 e superior e se reúnam no pátio agora!
Aikyo observou o diretor com um suspiro cansaço, ela trocou um olhar com Satoru, um olhar que comunicava mais do que palavras poderiam expressar.
Seu olhar então se desviou para a janela, onde uma visão sombria capturou sua atenção. Uma maldição com asas havia pousado na entrada do pátio, Yuta e a equipe de Maki estavam lá, suas posturas tensas e prontas para o combate.
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Portais Do Destino - Gojo x OC
Fanfiction📖 | Não julgue o livro pela capa "Morra como herói, ou viva o suficiente para se tornar o vilão" 🥀🥀 Anos atrás, houve um equilíbrio de poder entre os feiticeiros jujutsu e as maldições. Esse equilíbrio era mantido por meio de confrontos constante...