DEZESSETE

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ELISA MONTENEGRO

Meu avô começou a cochilar e eu o chamei para dormir no quarto. Logo ele já estava no quinto sono.

Fui para o meu quarto, tranquei a porta por dentro. Ia tomar banho, mas estava sem coragem.

Vesti um pijama e me deitei. Estava sem sono, então fui para as redes sociais, apesar de já saber o que me esperava.

O assunto do momento era o jogador e os torcedores estavam montando uma força tarefa para saber quem era a moça da foto.

– Tomara que não descubram que sou eu. - falo sozinha.

Meu irmão estava ligando, ainda bem, assim o tempo vai passar.

– Oi, Marcelo. – falo ao atender.

– Lisa, você tem que voltar pra resolver sua vida. Tem que ir ao escritório, tem que ver seu apartamento, seu carro, enfim... – ele diz.

– Eu vou, não se preocupe. Vou ver uma passagem para segunda. – eu digo.

– Tem certeza que não vai voltar a morar aqui? – ele me pergunta.

– Tenho. Quero ficar perto do vovô, e vou tentar arrumar um emprego aqui ou abrir meu próprio escritório, ainda não sei. – explico.

– Tudo bem, eu entendo você. – meu irmão diz.

– Cadê a Carla, como elas estão? – eu pergunto pela minha cunhada e sobrinha.

– Estão bem. Você vai vir quando sua sobrinha nascer, não é? – ele me pergunta.

– Vou sim, claro. – respondo.

– Quando tiver tudo certo, me avisa, vou te buscar no aeroporto. – ele diz.

– Combinado. Te amo, se cuida. – digo e a gente encerra a ligação.

Amanhã eu ia providenciar tudo para o almoço na chácara, quem vai cozinhar é a esposa do caseiro, eles tomam conta de tudo na chácara. Mas meu pai disse que já estava tudo certo, provavelmente minha tia organizou tudo.

Eu resolvi fazer uma sobremesa para levar, mas lembrei que meu avô não pode comer doce, então vou comprar frutas e fazer uma salada.

Minha tia vai com o marido, o filho e a namorada dele.

Eu, meu pai, meu avô e o jogador vamos em outro carro.

Se meu pai e meu avô quiserem ir antes, eu vou no meu carro com o Calleri.

Amanhã vou conversar direitinho com eles para saber o que preferem.

Meus olhos começaram a pesar e eu finalmente consegui dormir.

No outro dia, acordei cedo, não queria dá motivos para minha tia falar de mim.

Fiz minha higiene pessoal e fui para a cozinha. Ela ainda não tinha acordado.

Eu fiz salada de frutas, café e tinha pão integral e queijo branco para fazer sanduíche.

Meu avô saiu do quarto e eu fui ao seu encontro.

– Bom dia, meu avô. – eu falo pra ele.

– Bom dia, meu amor. Dormiu bem? – ele pergunta me dando um beijo na testa.

– Sim. Muito bem. – eu respondo.

– E o almoço amanhã, está tudo certo? – pergunta sentando-se à mesa.

– Sim, tia Lídia estava organizando tudo. – respondo.

– Eu quero ir bem cedo, quero aproveitar a manhã. – ele diz enquanto coloca seu café.

PARA SEMPRE - Jonathan CalleriOnde histórias criam vida. Descubra agora