TRINTA E NOVE

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ELISA

Comecei a me arrepender de ter aceitado que ela ficasse.
Inconveniente, era isso que ela estava sendo.

– Vou abrir e vou dizer que estou com você. – Jonathan ia levantando da cama, mas eu o impedi.

– Se você fizer isso eu não vou ter paz. Eles vão me perseguir. – falo preocupada.

– Tudo bem, então vou fingir que não escutei. – falo e a gente volta a deitar.

– Obrigada por entender. – agradeço.

– Não abre a porta de forma alguma até ela sair. – ele me pediu.

– Pode deixar. – respondo.

Micaela chamou mais duas vezes, mas como não foi atendida, desistiu e provavelmente voltou para o quarto de hóspedes.

– Amanhã cedo vou mandar ela ir embora, quero privacidade na minha casa. – o jogador fala bastante chateado.

– Vamos dormir, é melhor assim. – o chamo.

– Desculpa fazer você passar por isso. – o argentino fala.

– Relaxa, meu amor e vem cá. – o chamo para pertinho.

– Elisa, obrigado por ter ido atrás de realizar o sonho do seu Luís. – ele diz rindo.

– Por nada! – respondo rindo também.

Deitamos bem juntinhos, mas eu não consegui dormir de imediato. Fiquei pensando nas mudanças que ocorreram na minha vida.
Nunca pensei em me relacionar com jogador de futebol, nem na época que eu tinha crush em alguns, tudo não passava de brincadeira.

E hoje estou deitada na cama desse argentino gostoso, porque agora eu posso afirmar com todas as letras que ele é muito gostoso, fazendo cafuné nele, e pensando no quanto ele está sendo importante nas nossas vidas.

Porque eu tenho certeza que Deus usou o Jonathan para fazer meu avô despertar, e se eu já o amava, depois disso, passei a amá-lo mil vezes mais.

– Mi amor, está sem sono? – Jonathan pergunta sonolento.

– Estou. – respondo.

Ele se levanta esfregando os olhos por conta do sono e senta na cama.

– Ela não vai descobrir você aqui, relaxa. – fala.

– Eu sei. Eu não estava pensando nisso. – conto a verdade.

– E estava pensando em que? – me pergunta.

– Em como minha vida mudou nas últimas semanas. – digo.

– Para melhor ou pior? – ele me pergunta com olhar de dúvida em seu rosto.

– Para melhor, porque agora eu tenho você e para pior por conta da doença do meu avô. – eu respondo e ele me abraça.

– Seu avô está bem, ele vai se recuperar, vai voltar pra casa e vocês dois vão curtir muitas coisas juntos ainda. Nós três, porque agora eu quero participar também. – Jonathan fala e eu rio.

– Que bom que eu tenho você, meu argentino lindo. Você está fazendo esse caos ser mais leve. – eu seguro seu rosto e falo.

– Tenta dormir, mi amor, já está tarde. – o argentino fala e eu concordo.

Voltamos a deitar na cama e eu tentei dormir. Me concentrei para tal tarefa, pois não queria passar o dia inteiro igual a zumbi.

[...]

– Amor, acorda! – ouço a voz do argentino.

– Oi, Jonathan. Ainda é cedo. – reclamo.

– Eu vou treinar e você vai ver seu avô. Se arruma, senão não dá tempo. – o jogador diz puxando o meu cobertor.

PARA SEMPRE - Jonathan CalleriOnde histórias criam vida. Descubra agora