QUARENTA E NOVE

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CALLERI

Acordei com os primeiros raios de sol do dia e também com muitos beijos da Elisa.

– Meu amor?! – ela me chama.

– Oi! – respondo.

– Preciso me explicar. – ela diz.

–  Sobre? – pergunto.

– Sobre o que eu disse ontem. Não é que eu não queira ter um filho com você, só acho que está cedo demais para pensarmos nisso. – ela fala.

– Você está falando sério? – pergunto.

– Claro. Você vai ser o papai do Bernardo, só que ele vai demorar um pouquinho para vir ao mundo. – ela diz rindo.

– Te amo, te amo, te amo. Mamãe do Bernardo. – eu brinco e ela me bate.

– Agora não. Agora eu sou só a tia da Lis. – ela fala e eu rio concordando.

– Amor, desculpa também por ter dito que um filho atrapalharia minha carreira e que eu não queria ficar preso, falei da boca pra fora. – falo.

– Relaxa. No fim, a gente resolveu tudo. – ela diz me dando um selinho.

– Pensei que você não queria ter um filho comigo. – digo.

– Bobo. Que mulher não ia querer ter um filho com você?! Maass, essa sorte será só minha. – ela diz voltando a me beijar, mas dessa vez não é só um selinho.

– Amor, não me provoca. Espera a gente voltar para casa. – falo em meio ao nosso beijo.

– Eu não resisto. – ela diz brincando.

– Vamos organizar isso aqui que é melhor. – eu falo.

Dobramos os cobertores e guardamos tudo no meu carro.

Depois ficamos sentados na varanda, era muito cedo e nós estávamos admirando o nascer do sol.

– Amor, próximos jogos eu estou fora, mas vou assistir. Vamos comigo? – pergunto.

– Jonathan, não sei... As pessoas vão nos ver juntos e aí já sabe... – ela fala e eu sabia que ela não ia aceitar.

– Tudo bem. – falo desanimado.

– Não fica assim. – ela pede.

– Queria sua companhia, pelo menos nas quartas de final. – tento convencê-la.

– Daqui para lá a gente ver. – ela diz, mas eu nem me animo.

– Bom dia! – seu Luís aparece na varanda.

– Vô, caiu da cama? – Elisa pergunta.

– Eu quero aproveitar o dia aqui na chácara. – ele responde.

– Vocês dormiram bem? – pergunta em seguida.

– Dormimos. – respondo.

– Vocês deveriam ter dormido no quarto. Aqui não é lugar de dormir. – ele reclama.

– Fica tranquilo, meu avô. A gente dormiu muito bem. – Lili fala enquanto se levanta para dar um beijo no avô.

– O Calleri vai pensar o que de mim, Lili? – ele fala baixinho, mas eu escuto.

– Vai pensar que ele dormiu muito bem na varanda, na companhia da sua neta preferida. – minha namorada diz.

– Seu Luís, não se preocupe, eu dormi muito bem. – falo para tranquilizá-lo.

– Vocês vão embora que horas? – ele pergunta.

– Daqui a pouco porque eu tenho fisioterapia. – explico.

PARA SEMPRE - Jonathan CalleriOnde histórias criam vida. Descubra agora