QUARENTA E DOIS

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CALLERI

Quando lembro do comentário dos caras no CT, dizendo que eu sou "homem de família", acho que eles estão certos, eu amo momentos em família.

Os Montenegros me tratam muito bem, nesse momento estou sentado à mesa conversando com o meu sogro sobre seus negócios.

– Aqui o jantar, espero que gostem. – a madrasta da Elisa avisa colocando o prato na mesa.

– Fica a vontade, meu amor. – Lili diz sentando ao meu lado e eu sorri para ela.

O jantar era Strogonoff de carne, e pela cara estava muito bom.

– Calleri, meu pai quer muito lhe ver. – meu sogro diz.

– Eu vou na próxima visita. Só não vou amanhã porque tem jogo no Morumbi. – respondo.

– Meu avô vai ficar muito feliz de te ver. – minha namorada comenta.

– No domingo eu vou vê-lo. – digo.

Nós jantamos e conversamos sobre muitos assuntos. Incrível como tem pessoas que mesmo conhecendo a gente há pouco tempo, nos fazem bem.

Olhei no celular e vi que estava um pouco tarde. Eu durmo mais cedo nas vésperas dos jogos.

– Amor, tenho que ir. – falo para minha namorada.

– Já? Queria que você ficasse mais. – ela fala com manha.

– Amanhã tem jogo e eu gosto de dormir cedo. – me explico.

– Te levo até a porta. – diz segurando minha mão.

– Boa noite. Obrigado pelo jantar. – me despeço do pai e da madrasta da Lili.

– Bom jogo, Calleri. – seu Carlos diz.

– Obrigado! – agradeço e a gente sai.

– Espero que você tenha entendido que eu não vou terminar com você. – minha namorada diz passando as mãos pelo meu pescoço.

– Não entendi, quero que você me mostre de novo. – digo rindo e ela me belisca.

– Te mostro, claro. – ela responde.

– Eu amo você. Obrigado por essa noite maravilhosa. – falo baixinho em seu ouvido.

– Eu também te amo. – sussurra e eu rio.

– Vai me ver jogar amanhã? – pergunto.

– Vou. – ela responde animada.

– Vai ficar comigo quando o jogo acabar? – faço outra pergunta.

– Claro. – fala e me beija em seguida.

– Te espero lá. Agora tenho que ir. – me despeço, lhe dou um beijo e entro no carro.

– Dirige com cuidado. – ela fala e eu concordo.

Saí da casa da Lili e dirigi por alguns minutos no trânsito. Vi que tinham mensagens da minha irmã, mas não peguei no celular até chegar em casa.

Só quando me deitei no meu quarto, peguei o celular para ver o que a Tefi queria.

“Micaela ainda não veio embora, está disposta a voltar com você.” – mensagem dela.

“Vai perder o tempo dela.” – respondo.

“Jony, você vai assumir seu novo relacionamento?” – minha irmã pergunta.

“Só quando a Elisa se sentir pronta para isso.” – respondo.

“Cuidado para Micaela não fazer isso antes de você.” – Tefi fala e eu sei que ela tinha razão.

PARA SEMPRE - Jonathan CalleriOnde histórias criam vida. Descubra agora