ELISA MONTENEGRO
Cheguei em Londres e meu irmão estava me esperando no aeroporto.
– Estava com saudades de você, Lisa. – ele fala quando a gente se abraça.
– Eu também estava com saudades de você, meu irmão. – respondo.
– Vamos? – ele chama pegando a minha mala.
– Vamos. – digo e a gente sai.
– Carla está em casa? – eu pergunto assim que entro no carro.
– Sim. Está! – ele responde.
Seguimos pelas ruas de Londres e fomos para o apartamento deles.
– Sentiu saudades daqui? – meu irmão pergunta.
– Não. – digo rindo.
– Não?! – ele pergunta incrédulo.
– Não. Gosto muito daqui, mas aqui não tem o bom humor do senhor Luis Montenegro. – eu digo e ele concorda.
– Como ele está? – me pergunta.
– Bem. Esses dias ele está bem. Mas tem que ter muitos cuidados. – eu explico.
– Assim que eu tiver uma folga vou vê-lo. – ele diz e eu concordo.
– Faça isso, ele vai ficar bem feliz. – eu sugiro.
– Depois precisamos conversar sobre essa história de você está ficando com o Calleri. – meu irmão diz e eu olho revirando os olhos.
– Ah não, não quero falar sobre isso. – eu falo virando para o lado oposto.
– Lisa, eu quero saber tudo. As pessoas falaram absurdos sobre você. – ele diz.
– Justamente, Marcelo, foram absurdos, eu fiquei muito mal com isso, quer dizer, ainda estou. As pessoas pegaram muito pesado comigo. Eu nunca fui amante de ninguém. – eu falo com a voz alterada.
– Calma. Eu sei que não. – ele diz.
– Por que nossa tia fez isso? – ele pergunta.
– Porque é uma amargurada, tem ciúmes do vovô e achou uma coisa absurda eu ter levado o jogador para almoçar com a gente. – explico relembrando o dia.
– Você estava ficando com ele? – pergunta desviando o olhar do trânsito para mim.
– Claro que não. A gente estava começando uma amizade. – digo, mas ele não parece acreditar.
– Ok! – se limita a dizer isso.
– É sério! – insisto.
– Tudo bem. Mesmo que tivesse, você é adulta, desimpedida e pelo jeito, ele também. – Marcelo diz agindo muito naturalmente.
– Mas nós não temos e eu ainda cortei qualquer vínculo que pudéssemos ter. – digo por fim.
Ainda bem que ele encerrou esse assunto, não queria mais lembrar do episódio, nem do jogador.
Só não me arrependo de ter conhecido o Calleri pessoalmente porque isso foi consequência da realização do sonho do meu avô e eu faço qualquer coisa por ele. Mas, em outras circunstâncias, estaria me odiando, arrependida e odiando a todos os envolvidos na história.
A companhia do Calleri me faria muito bem. Eu não tenho amizades em São Paulo, a não ser a Yane, que era minha amiga na época da escola e a gente manteve contato. Porém não era mais a mesma coisa, a gente se falava, mas sabíamos pouco sobre a vida uma da outra depois que eu vim morar em Londres.
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PARA SEMPRE - Jonathan Calleri
FanficDepois de quinze anos, Elisa vê sua vida mudar novamente, após receber uma ligação. Não estava em seus planos essa mudança, mas tem alguém que precisa muito dela.