QUARENTA E QUATRO

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ELISA

Jonathan e eu tivemos mais um momento intenso, depois da provocação no carro, eu sabia que ele ia vir igual uma fera selvagem.

E eu amo esse outro lado dele, bem safado, cheio de más intenções.

- Tem certeza que você jogou? - pergunto e ele rir.

- A culpa foi sua que me provocou no carro. - ele se defende.

- Vai dizer que você não gostou? - pergunto passando a ponta dos dedos pelo seu abdômen exposto.

- Eu amei. Pode me provocar sempre. - diz rindo.

- Eu amo essa sua versão safada. Você é muito gostoso, e eu tenho muita sorte de ter você só para mim. - falo e ganho um beijo.

- Eu é que tenho sorte de ter você, mi amor. - fala após o beijo.

- Vou tomar banho, volto nestante. - aviso.

- Vou com você. - diz e eu olho franzindo a testa.

- Sem segundas intenções, prometo. - cruza os dedos e eu rio.

Tomamos banho juntos e rolou alguns beijos, mas nada mais que isso. Eu não aguentaria outro round, estava exausta.

- Amor, precisamos conversar sobre assumir nosso relacionamento. - Jonathan fala enquanto seca o corpo.

- Meu amor, acho que ainda é cedo. - respondo vestindo meu pijama.

- Tefi me disse que se a gente não assumir, outra pessoa vai vazar e aí sim vão dizer absurdos da gente. - me conta.

- Eu tenho medo, Jonathan. Medo de ser atacada, julgada... - digo e ele se aproxima de mim para me abraçar.

- Tudo bem. No dia que você sentir que chegou o momento, você me avisa. Ou então, nem precisa avisar. Eu espero todo tempo do mundo. - o jogador diz sendo muito compreensível.

- Obrigada, meu amor. - agradeço.

- Como você ficou quando viu a Micaela? - ele pergunta.

- Chateada, principalmente com as provocações. - conto.

- O que tanto ela te disse? - o argentino pergunta.

- Ficou falando de você, te chamando de Joca, dando a entender que vocês tinham voltado. - relato em resumo as coisas que ela falou durante a partida.

- Nossa, que cara de pau. - ele diz com raiva.

- Foi tenso. - falo me deitando na cama.

- Me desculpa por te fazer passar por isso. - ele pede deitando ao meu lado.

- Você não tem culpa de nada. Absolutamente nada. - o tranquilizo.

- Mas eu preciso dar um basta nela. - meu namorado diz.

- Ela quer chamar sua atenção, não dê ousadia, uma hora ela cansa e deixa a gente em paz. - falo.

- Verdade. Vamos dormir que amanhã é dia de ir ver seu Luís. - o jogador diz e eu abro um sorriso.

- Boa noite, amor. Te amo! - digo e lhe dou um selinho.

- Boa noite, mi amor. Também te amo. - responde e a gente se ajeita para dormir.

Não consegui dormir de imediato, fiquei pensando no encontro com meu avô. Ele não sabe que o Jonathan e eu estamos namorando. Eu não contei, ele também não me perguntou.

Mas amanhã, tenho certeza que ele vai soltar algumas pérolas quando ver o jogador favorito.

Agradeci a Deus por ele está bem, por eu ter o Jonathan em um dos momentos mais difíceis, por meu pai ter encontrado alguém especial que o faz feliz e de quebra, ainda me trata como filha.

PARA SEMPRE - Jonathan CalleriOnde histórias criam vida. Descubra agora