QUARENTA E OITO

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CALLERI

A tarde com a família da Lili foi incrível. Eles sempre me recepcionam muito bem.

Estou devendo a ela um almoço ou jantar para apresentá-la à minha família.

Seu Luís está muito bem, nem parece que esteve em coma. Fez algumas brincadeiras comigo e eu fiquei um pouco envergonhado, mas sei que é a forma dele demonstrar que gosta.

Depois da recepção, de comermos e bebermos, Lili e eu viemos caminhar um pouco e ver o sol se pôr.

Ficamos em silêncio algum tempo, depois eu lembrei que a tia dela tinha tirado fotos da gente da última vez e que ela poderia fazer isso outra vez.

– Amor?! – chamo Elisa.

– Oi! – ela responde.

– Será que sua tia tirou foto da gente aqui? – pergunto.

– Acho que não. Ela está ocupada com meu avô. – minha namorada responde.

– Nós deveríamos nos assumir logo, para ficar com medo de alguém publicar foto da gente. – falo para ela que levanta para me olhar.

– Amor, já conversamos sobre isso. – ela diz.

– Eu sei, mas eu quero assumir a gente. Não quero viver com esse medo de alguém postar foto nossa. – argumento.

– Jonathan, eu ainda não me sinto preparada para isso. – ela fala com tristeza.

– Tudo bem, Elisa. – desisto de argumentar.

– Esse dia vai chegar, amor, não se preocupa. – Lili fala.

Eu estou doido para assumir e poder sair com ela para jantarmos, para assistirmos jogos juntos... Mas se ela não quer, eu respeito. Ela sabe o que passou e o que sentiu com tudo isso.

Estava ficando tarde e a gente resolveu voltar para casa.

– Preciso de um banho. Estou todo suado. – comento enquanto a gente caminha.

– Você está um pecado de tão gostoso. – minha namorada diz.

– Elisa!! Aqui não. – a repreendo.

– Eu não fiz nada, só disse a verdade. – ela se defende fingindo inocência.

– Você está me provocando. – falo.

– Parei. – ela fala levantando as mãos como se estivesse se rendendo.

Ao voltarmos, nos deparamos com uma confusão provocada pela tia da Lili. O motivo era a disputa por um quarto da casa. A tia dela queria que o filho e a nora dormissem nele e meu sogro falou que já estava certo da gente dormir lá.

Elisa estava visivelmente envergonhada com a situação.

– Não se preocupem. Jonathan e eu vamos dormir na varanda. – ela diz segurando em minha mão e me levando até o quarto para tirarmos nossas mochilas.

– Jonathan, me desculpa por esse vexame. Sempre que minha tia está, tem problema. – minha namorada diz bem cabisbaixa.

– Lili, relaxa. Eu não ligo para o que ela diz e eu vou amar dormir com você na varanda. – digo me aproximando dela.

– Mesmo assim, é constrangedor. Minha tia sempre deixa a gente constrangido. – ela fala.

– Não liga. É uma forma dela chamar atenção. – eu falo lhe dando um beijo em seguida.

– Vou tentar ignorar. – ela diz após nosso beijo.

– Faça isso. Por falar em família, a minha virá para cá um dia antes do jogo das quartas de final do paulistão. – aviso a ela.

PARA SEMPRE - Jonathan CalleriOnde histórias criam vida. Descubra agora