Capítulo XXVIII

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Voltei rapidinho né? 

Interajam com a história! Amo ter vocês por aqui <33

[🐇]

Os dias que sucederam ao ataque foram tão caóticos quanto o próprio. O tigre não tinha palavras para mensurar o quão abalado estava com tudo aquilo, e até sua mãe que nunca era presente reparou em como estava abatido.

— Filhote, o que aconteceu com você? 

— Nada, estou bem.

— Não está.

— Você se importa?

— Lógico! Você é meu filho.

— Eu passei uma semana em coma no hospital — A fêmea de tigre olhou assustada para ele — Vocês nem repararam, já era de se esperar. — O mais novo foi bom em mascarar o desapontamento.

— Tae... me perdoe, e-eu estive brigando muito com seu pai e-

— Não é novidade também — Foi objetivo.

— O que eu posso fazer para me redimir com você? Quanto você quer, filho? — O alfa olhou com frieza para a ômega, mas estava deliberadamente ofendido.

— Não é sobre dinheiro, mãe. Nem tudo na vida é sobre essa merda — Respirou fundo, querendo conter o coração que doía como nunca antes, parecia querer se partir ainda mais. — Meu ômega foi estuprado, porra. E eu não pude defendê-lo. Eu não fiz merda nenhuma — A ômega lacrimejou, olhando seu filhote com pesar. Ela ameaçou se aproximar, mas o tigre não deixou, negou com a cabeça se afastando. Respirou com calma olhando um ponto qualquer do quarto, e então decidiu por vez, já que eles só entendem assim, se rendeu ao cifrão — Quero um apartamento — Kim Ha-ri ficou pálida.

— Filho...

— Não aguento mais essa casa, não aguento mais essa família, se quiser fazer algo por mim, coloque um apartamento no meu nome. O resto eu me viro — Passou por ela pegando a chave do carro, agradecido por tê-lo ganho num dia que seu pai estava de bom e o automóvel estar no seu nome.

[...]

Dirigiu com ansiedade até a casa do seu ômega, tinha tentado vê-lo todos os dias, mas os pais dele negavam sua presença, não por culpar o tigre, mas por que Jungkook estava debilitado, sensível, chorava atoa e negava a presença de qualquer um. Deu dois toques na porta e respirou fundo, a porta se abriu revelando a coelha muito parecida com seu bebê. 

— Querido... — Ela o atendeu todas as vezes, sempre com aquele olhar de pena e cansaço — Eu já disse, meu bem. Ele não vai querer vê-lo, vai por mim a dor de ser rejeitado por ele é... — Ficou sem palavras — Muito, muito angustiante.

— E-Eu sei, senhora Jeon... M-mas me deixe vê-lo, por favor... Se ele disser que não eu vou embora e eu não volto mais... E-eu estou implorando

— Já disse para me chamar de Soora, sem formalidades. Você já é da família, sabe disso. — O tigre sorriu um pouco, acalmando o próprio animal que estava mais ansioso que ele próprio.

— Soora... Tudo bem, por favor, me deixe pelo menos sentir o cheiro dele — Se ajoelhou, deixando a ômega mais velha sem reação ao ver um alfa tão vulnerável assim — Eu não aquento mais essa agonia de não poder vê-lo, não poder ouvi-lo.

— Entra, querido.

[...] 

O tigre acompanhou a ômega escada acima, cumprimentou sutilmente seu sogro e aguardou do lado de fora do quarto, deixando que somente os pais entrassem e esperando a confirmação com ansiedade.

Nas Garras do Predador - TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora