Capítulo XXIX

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— Como você pode saber de algo assim? — O pai do coelhinho perguntou olhando atentamente para o tigre.

— Jungkook estava marcado com meu cheiro, os feromônios de um predador alfa são insuportáveis para qualquer outro alfa de interesse carnal.

— Disso nós sabemos, querido. Onde você quer chegar?

— Menos para outro predador... É incômodo, mas se for um animal de espécie ou porte parecido com o meu, será suportável.

— Está dizendo que...

— O agressor pode ser um alfa predador felino. — Disse por fim, se recostando na cadeira e suspirando enquanto olhava os sogros.

— E quanto ao cheiro? Jung disse que não sentiu nada.

— Ômegas não costumam sentir quando usamos inibidor, mas outros alfas sentem um incômodo no olfato, uma irritaçãozinha, como se fosse uma coceira. Por que nossos feromônios são fortes e acabam reagindo com o produto. 

— Entendemos, e o que vamos fazer?  

— Eu vou juntar provas e vou caçar quem fez isso com meu ômega, nem que eu precise ir no inferno e voltar.

[•••]

E como você se sente com a sessão de hoje? — A híbrida de canguru questionou enquanto guardava os papéis calmamente na pasta etiquetada com o nome Jeon Jungkook.

— Me sinto um pouco mais... acolhido? — Pareceu pensar com cautela — Eu tenho me sentido melhor desde que tive contato com o meu alfa, me sinto menos ansioso.

— Se sente seguro?

— Isso...

— Serei franca com você — Ele cruzou as pernas se acomodando melhor na cadeira da escrivaninha de Jungkook — O processo de cura é individual de cada um, e se curar do que você passou é... é minucioso. Teremos o seu processo e do seu ômega. E particularmente acho que termos o seu alfa como parte do processo é crucial — Ela sorriu.

— Tudo bem, eu estou otimista quanto à minha cura.

— Perfeito, quero que você traga seu alfa na próxima sessão, tudo bem?

— Tá bom.

[•••]

Jungkook gargalhava com as cócegas de Taehyung, ria tanto que perdia o fôlego.

— Tae, por favor — Riu mais e mais.

O alfa sorriu, vendo seu companheiro tão leve e risonho. Afundou o rosto no pescoço do ômega distribuindo selares e fungadas.

— Está cheiroso, Bebê — Elogiou e sentiu Jungkook travar embaixo de si.

"Seu cheiro me deixa louco, Jungkook"

A voz do agressor foi clara na sua mente, ofegou sentindo a garganta pinicar. Empurrou o corpo do maior para longe, arrepiando com a sensação ruim.

— Bebê, me perdoe. Fui longe demais — Taehyung pediu se afastando, dando espaço para o menor respirar com calma.

— N-Não, tudo bem e-eu só... — respirou e puxou Taehyung de volta para si, colando os peitorais. — Ele disse algo parecido... — Sussurrou

— Me desculpa, amor. — Continuaram sussurrando

— Você não sabia e não tem nada a ver. Não consigo evitar pensar sobre aquele dia, as vezes pessoas dizem coisas parecidas com que ele sussurrou para mim e eu preciso de alguns minutos para lutar contra as memórias...

Nas Garras do Predador - TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora