Nas Garras do Predador - Taekook

Capítulo IX

Votem 💜
Capítulo menorzinho, não queria deixar vocês sem!

[🐇]

Não, não, não. Mil vezes não, fala sério! Quanto eu sou azarado? O que ele faz aqui?

Olhar para ele me dava calafrios, ele era a personificação do passado que eu tanto quero esquecer e vê-lo me encarar com espanto como se fosse um reencontro interessante parecia fazer meu peito afundar.

— Jungkook?

Essa voz... a voz que eu tanto fui apaixonado.

Jung Min-Ho é um híbrido alfa de lebre, que eu fui perdidamente apaixonado desde a sétima série até o primeiro ano do colegial.

Eu sempre fui um ímã para zombação e no meu antigo colégio não foi diferente. Mas tudo piorou quando descobriram que eu gostava do Min-Ho, o bullying piorou, passou de brincadeiras sem graça para ofensas pesadas, puxões de orelha e até mesmo surras de ômegas apaixonados nele. E ele sabia, me doía tanto, por que ele sabia do meu sofrimento e fingir que não era nada, agia como se meus sentimentos fossem bobeira. Eu ia para escola para sofrer dia após dia, até chiclete grudaram no meu cabelo, e quando eu decidi que sairia de lá, precisaria de uma opção boa e que não interferisse no orçamento dos meus pais, estudei igual condenado e consegui a bolsa para cá. Enterrei meus sentimentos e minhas mágoas até encontrar Taehyung, me odiei por perceber que eu estava prestes a deixar tudo se repetir, o alfa bonito e popular e eu. As faces opostas da moeda.

— Oi... — Eu morri de medo de encontrá-lo novamente, medo de que eu ainda sentisse algo. Mas não, eu nem me balancei com seu sorriso, tudo que vinha eram lembranças estilhaçadas e flashes dos piores anos da minha vida. Mágoa, muita mágoa.

— Muito bem, que bom que estuda aqui também.

— Uhum.

— Que lindo o casal de coelhos, alfa e ômega. — Uma híbrida qualquer comentou e eu neguei tímido.

— N-Não...

— Seria ótimo pena que o Kookie não me quer — A lebre soou cínica. Eu não estava acreditando naquela fala, ele estava brincando? Senti raiva de repente, e quis chorar.

Eu senti meus pelos se arrepiarem com a sensação de caos se instaurando em mim, um sentimento tão bagunçado que me tiraram o ar rapidamente, estava abafado dentro daquele suéter e minha garganta se fechava gradativamente. As lembranças tão ruins, a dor, a solidão e o abandono voltando à tona como sal em uma ferida mal cicatrizada.

"Você é esquisito e patético, não seja tolo de achar que ele gostaria de alguém como você!"

Eram risos maldosos, dores de cabeça infernais por cada puxada na orelha. Os cochichos, falas sem escrúpulos, tudo para garantir que eu me sentisse um nada. O ar parecia cada vez mais difícil de puxar parecia que meu corpo tinha se esquecido de algo tão básico. Eu não queria passar por aquilo de novo, me doeu tanto lembrar, minha barriga reagiu com uma dor aguda, a espinha parecia dormente e minha cabeça latejou, pareceu a morte. E cada segundo, tudo piorava, tudo ficou ruim.

"Você é feio demais, esquisito!"

" É claro que é excluído, quem gostaria de ser amigo de alguém como você"