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Todos estávamos em meu quarto, enquanto eu passeava de um lado para o outro, minha mãe e meu pai berravam.

Nada novo.

Na verdade o motivo era novo, eles diziam que meu pretendente havia fugido, mas apesar de temer sua fuga devido a minha aparência, temi ainda mais que estivesse machucado.

- Eu avisei que se deixasse que ele saísse ele não voltaria, ninguém voltaria.

- Eu imaginava que ele levaria esse fim também, você deveria seguir mais os conselhos de sua mãe.

- Mais? Park não fugiu.

- Vou começar a preparação do baile para amanhã mesmo, direi a todos que ele não era virgem.

- Não, dessa vez eu não vou fazer o que a senhora quer, não terá baile algum e se Park realmente não voltar, não haverá casamento.

Ela me olhou com estranheza antes correr até meu pai e se esbaldar em choro e lastimas, dizia ela que Park fez magias e me hipnotizou.

- Escute Jinsul, já chega disso, certo? Deixe ele fazer o que inferno ele quiser!

Ele jogou-a na poltrona e saiu da sala, provavelmente em busca de sua outra mulher. Eu segui seu exemplo e sai da sala também, corri até o estábulo ignorando a chuva grossa que ainda caía, mas diferente de meu pai, eu iria em busca de meu único homem.

☕️🫖

A esse ponto talvez eu não fizesse ideia de onde estava mais, tudo que fiz foi pedir informações e segui-las até chegar a uma casa nada iluminada.

- O que estão querendo uma hora dessas?

- Príncipe Jeon, por favor abra!

A voz saia abafada devido a máscara molhada, o cavalo já estava cansado e eu ainda mais.

- Príncipe? Não vou cair nessa.

- Darei o dinheiro que pedir se responder o que preciso, não quero que sequer abra a janela.

- E como vou pegar?

- Você me dará a informação e deixarei o que pedir na porta.

- Peça.

- Sabe de Park Jimin?

A mulher abriu a janela imediatamente, o rosto coberto por algo branco, segurava um jornal em uma das mãos.

- Oh Deus, é igual a os retratos que saíram na última semana, não imaginei que fosse assim.

Ela se curvou rapidamente antes de abrir a porta para mim, convidou me a entrar na casa escura e eu neguei seu convite.

- A senhorita poderia me dizer algo sobre Park?

- Está procurando seu empregado fujão? Não se preocupe com ele, não tem modos nem inteligência o suficiente para sair daqui.

Arqueei a sobrancelha ouvindo suas palavras rudes.

- Senhora, estou na chuva e se não puder me das informações por favor diga.

- Park passou aqui pela manhã e horário de almoço, mas vossa alteza, deixe-me apresentar-lhe minhas filhas.

- Dispenso, estou bem com meu pretendente, aqui estão algumas moedas e obrigado pela informação.

Ela pareceu desapontada e apesar de não ter tido ajuda alguma, a o menos sabia que Park não havia mentido, teria sim visitado a casa de seus pais. Desta vez não subi no cavalo, segurei as rédeas e observei atentamente os desenhos dos pneus da carruagem real, consegui segui-los até certo ponto mas dali em diante a chuva já havia apagado os vestígios.

A Bela fera que em ti habita.Onde histórias criam vida. Descubra agora