Capítulo 31

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(Arthur)

Escuto Manoela gritar meu nome sem parar, mas estou muito longe para voltar agora. Esse filho da puta nunca me desceu, mas agora, ter a coragem de dizer que não sei cuidar da minha mulher. Dar a entender que sem ele a Manu teria estado em perigo, isso é demais para eu conseguir deixar passar.

Ele se levanta cambaleando do meu soco e tenta me acertar, mas não dou tempo para ele encaixar o golpe e dou outro soco, agora na boca do seu estômago. O idiota se curva para frente e parece por um momento querer vomitar. Poderia parar aí se ele tivesse aceitado a derrota, mas quando ele tenta me dar uma rasteira, eu perco completamente a minha noção e ataco ele com toda a minha força. Começamos a rolar pela loja, e posso ouvir gritos de horror, principalmente vindos da minha esposa. Nada vai me parar de dar um bom corretivo nesse filhinho de papai, ele nunca mais vai se achar no direito de dar opiniões sobre como eu cuido da minha esposa.

- ARTHUR!

Continuo escutando minha esposa gritar meu nome, e preocupado, me viro para ver se meus seguranças estão a protegendo. Lucas usa essa oportunidade para me atingir, me dando um belo soco. Espero que tenha valido a pena, porque agora vou matar esse fodido. Ele parece ver a fúria no meu rosto, porque começa a se afastar dando passos para trás, eu o imito me aproximando dele, mas antes que possa atacá-lo, escuto outra comoção atrás de mim.

- Arthur! A Manu desmaiou, para com isso agora! - Luísa grita para mim, e é a única coisa que me faz empurrar Lucas para longe e ir até a minha esposa.

Minha menina está sendo cuidada pelas amigas e meus seguranças, e começo a empurrar todo mundo para me dar passagem. Quando finalmente chego nela, Manu começa a tremer as pálpebras abrindo seus lindos olhos para mim.

- Já chamaram uma ambulância? - grito frenéticamente para qualquer um que esteja escutando - Ela está grávida, porra!

Manu tenta se levantar, mas eu pego ela no colo a levando até o balcão mais próximo e a sentando virada para mim. Seguro seu rosto com as minhas mãos e a vejo focar, me acalmando um pouco.

- Estou bem, só me senti um pouco sobrecarregada. Não precisa de ambulância, só quero ir para casa. - começo a discordar, desesperado com a ideia de ter alguma coisa errada com ela ou o nosso bebê, mas minha mulher me corta - Sério, Arthur. Me leva para casa.

Nivelo seu olhar com o meu por alguns segundos, indeciso se passo por cima do que ela quer e a levo para o hospital de qualquer forma. Decido que não vale a pena começar uma discussão, posso simplesmente chamar sua médica na nossa casa para ter certeza que está tudo bem.

Assinto concordando com o que ela quer, e a ajudo a sair do balcão, esquecendo completamente tudo ao nosso redor. Claro que o filho da puta do Lucas resolve reaparecer ao meu lado todo ensanguentado, parecendo preocupado com a minha esposa. Esse cara não sabe mesmo o quão perto da morte está.

- Manu, você está bem? Sinto muito, eu...

- QUE PORRA! - grito o cortando e assustando Manoela, que dá um pulinho - Será que você não pegou a dica de ir embora? Minha esposa não precisa da sua preocupação, para falar a verdade, a próxima vez que você chegar perto dela vou te prender. Por assédio.

- Arthur...

Manoela começa com uma voz mansa, tentando dissuadir meu temperamento, mas para quando a dou um olhar de pura raiva.

- Há limites para o que você pode fazer usando seu cracházinho de delegado. - virando para Manu ele tem a coragem de continuar como se eu não tivesse apenas o proibido de se dirigir a ela - E, Manu, não acho que deveria sair com ele, claramente esse cara está em um estado mental perigoso para você. Todos aqui puderam ver como ele é violento. Quer que eu chame seu irmão?

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