Capítulo 11

4.8K 305 34
                                    

(Arthur)

- Nossa parece que você não me vê a dias! - Manu diz rindo na minha boca enquanto eu beijo cada pedacinho de pele dela que consigo alcançar - Nos vimos ontem no jantar, esqueceu?

- É muito pouco, não aguento mais ter que ficar longe de você. - me afasto para poder pegar seu rosto nas minhas mãos e a encarar totalmente.

Estamos sentados no meu carro em frente a casa dela. Assim que ela entrou eu não consegui mais me segurar e a puxei para o meu colo. Deve ser algum tipo de piada maldosa do universo eu finalmente a ter comigo, finalmente ter aberto para todo mundo que ela é minha, e agora ter uma merda de problema me mantendo afastado dela. Isso é fodidamente torturante.

- Então fique mais comigo. - ela faz um biquinho e diz simplesmente me fazendo sorrir.

- Você sabe que não está sendo a minha escolha, não é? Se fosse por mim estaria colado em você vinte e quatro horas por dia. - suspiro encostando a minha testa na dela - Assim que essa fase conturbada no trabalho passar, vamos ter muito mais tempo para nós dois, tudo bem?

- Eu sei disso. Estão tendo tantos crimes assim em Angra que você não pode mais parar de trabalhar?

Rindo do jeitinho ingênuo que ela me pergunta, a tiro do meu colo e a sento no banco do passageiro afivelando seu cinto, para finalmente dar partida no carro.

- Algo assim. - coloco minha mão na sua coxa de forma possessiva e a sinto se arrepiar - Como está sendo o seu dia?

- Você está fugindo da minha pergunta. É alguma coisa com a sua família?

A encaro rapidamente antes de voltar minha atenção para o trânsito e respiro fundo. Não quero ficar enchendo a cabecinha dela com as merdas do mundo de onde eu vim. Ela é pura demais, doce demais e perfeita demais para ter que lidar com isso. Porém, também não quero esconder nada dela nem viver uma vida dupla quando estou com ela. Já basta a minha vida profissional ser essa bagunça onde sempre estou empenhando um papel, com ela quero ser eu mesmo.

- Não tem porque você ficar preocupando a sua linda cabecinha com essas coisas, Manu. - a olho de novo e vejo que ela ainda espera pela minha resposta com expectativa - Tudo bem, é sim algo nos negócios da minha família. Não é nada grave, por isso não se preocupe.

Ela fica estranhamente silenciosa, mas de repente pega minha mãe e aperta.

- Esse tipo de problema pode ser perigoso para você? Eu pesquisei um pouco sobre tráfico internacional de drogas, e...

- Por que você ocuparia seu tempo com uma merda dessas? - a encaro perplexo e um pouco irritado com a situação - Manu, não se preocupa com nada, ninguém é mais perigoso do que eu. Pode ficar tranquila, menina linda.

- Só tenho medo de agora que finalmente te tenho, alguma coisa tire você de mim. - parte meu coração escutar o jeito que ela sussurra preocupada.

Finalmente chegamos ao restaurante e desligo o carro. Saio sem dizer nenhuma palavra, e quando abro a porta para a ajudar a descer, finalmente a abraço e falo no seu ouvido.

- Nem mesmo a morte me tiraria de perto de você, Manu. Eu te assombraria para o resto da vida, nunca deixaria de estar ao seu lado. - me afasto só para descer minha boca na dela a beijando suavemente - Estamos entendidos?

Ela balança a cabeça assentindo e eu sorrio a dando um último beijo. Vamos em direção a uma mesa mais afastada, e é a privacidade que eu preciso para tocar em um assunto que preciso resolver com ela.

- Já conseguiu transferir sua faculdade para cá direitinho?

Manu me dá um sorriso irônico e eu sorrio largamente para ela.

MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora