capítulo 14

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O camisa 68 corria em torno do campo de futebol enquanto mantinha a mente distante daquela corrida

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O camisa 68 corria em torno do campo de futebol enquanto mantinha a mente distante daquela corrida. Tinha passado a semana inteira numa guerra constante com sua companheira de dúplex, o que o levou a se lembrar cada vez mais do passado.

Porcaria. Desde quando ela é tão irritante?

Ele suspirou pesadamente, sacudindo a cabeça e começando a andar de costas, abrindo um sorriso para Liam.

— O que tem para esse fim de semana?

O amigo rapidamente franziu o cenho, confuso.

— Achei que fosse trabalhar de meio período na oficina do John — ele respondeu.

— Vou fazer isso só de manhã, depois estou completamente livre.

— Sabe que se precisar de dinheiro, eu posso te emprestar. — Drake surgiu, acompanhando-os.

Cal já tinha escutado tanto aquela frase que estava quase se arremessando de um precipício. A maioria dos alunos da universidade de Brooksviller tinham dinheiro para dar e vender e, Calvin Sherman não era muito diferente. Na verdade, seus pais até que tinham muita grana, mas, a partir do momento em que ele decidiu ir pra universidade através de uma bolsa, deixou eles e seu dinheiro para trás.

Desde então, ele fazia serviços de meio período e se bancava com o dinheiro que recebia junto com o que tinha guardado durante sua vida toda.

— Eu dispenso, cara — ele recusou. — A menos que queira me bancar pelo resto da vida, vou recusar qualquer oferecimento.

— Você é um babaca.

Cal soltou uma risada abafada e se virou, voltando a atenção na corrida. Já estava começando a sentir os olhares do treinador e de Jenkins.

Eles deram ao menos mais duas voltas completas antes de pararem próximos aos bancos, suados e cansados. Aquilo era quase um inferno na terra, faziam ao menos cinco voltas pelo campo antes e depois do treino.

— Aposto cem pratas que a ideia da corrida é completamente do Jenkins — ele disse para Bruce, que bebia água logo ao seu lado.

—Posso participar dela? — O ruivo surgiu atrás deles antes que Bruce pudesse responder.

— Você não conta.

— E por que não?

— Por que será, né, Jenkins? — Cal retrucou. — Você é quase o filho não-oficial do treinador.

Ele deu um sorriso.

— Não tenho culpa de ser tão confiável.

— Confiável? Você? — Cal tombou a cabeça para trás, rindo. — Acho que eu confiaria mais na Amberzinha com uma faca na minha garganta do que em você, cara.

— Espero que ela te corte então — Jenkins rebateu.

Cal o encarou irritado, à medida que o asiático apenas bebia tranquilamente a água com o cenho franzido.

Regra n°68Onde histórias criam vida. Descubra agora