capítulo 23

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Jolie passou o caminho inteiro até o carro xingando: ela, por ter congelado; seu corpo, por um milésimo de segundo ter gostado do olhar que ele dirigiu para sua boca; e ele, por ter feito aquilo

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Jolie passou o caminho inteiro até o carro xingando: ela, por ter congelado; seu corpo, por um milésimo de segundo ter gostado do olhar que ele dirigiu para sua boca; e ele, por ter feito aquilo.

Qual é o problema daquele babaca? E a coisa de não queremos voltar para o passado? Ele tinha se esquecido disso?

Maldito Sherman.

Ela bufou, encostando no carro de braços cruzado. Manteve-se naquela posição por tanto tempo que definitivamente deveria estar na pior das expressões, afinal qualquer um que passava por ali para pegar seu carro e ir para casa, dirigia um olhar de esguelha para ela.

— Com licença — alguém falou com ela, o que fez com que ela encarasse as novas presenças que nem tinha percebido até então.

Era um grupo pequeno de universitárias. Usavam roupas até que estilosas e bem arrumadas.

— Sim? — Jolie respondeu.

— Se não sabe, esse carro pertence a um dos top 3 — ela começou. — Não deveria ficar se encostando nele como se estivesse esperando ele ou simplesmente à toa.

Jolie piscou uma, duas vezes, com a boca levemente aberta.

É sério isso?

— Ah, é mesmo? — perguntou, fingindo uma falsa surpresa e se afastando do carro.

— Sim. Isso é rude e arrogante. — A resposta veio junto com cabeças sendo balançadas em concordância.

— Jura? Será que ele vai ficar muito bravo se eu fizer isso... — Ela se aproximou do capô da frente e se sentou em cima dele, cruzando as pernas logo em seguida. — Espero que não, odiaria incomodá-lo.

— Ei. — A garota agora parecia irritada. — Vou avisa-lo sobre isso se não sair daí e se colocar em seu lugar.

Convivo com adolescentes. Não é possível.

Jolie tombou a cabeça para o lado.

— Vai lá. Está esperando o quê? — Ergueu uma sobrancelha, confusa. E em seguida, seu olhar seguiu para outro ponto, onde o próprio dono vinha. — Ele está bem ali, vão lá.

Ela indicou com a cabeça, o que fez o grupo todinho virar para olhar para ele. A felicidade foi quase instantaneamente, fazendo-as se esquecer dela e seguir até ele, indo falar com ele.

A garota de cabelos pretos revirou os olhos pesadamente, mas permaneceu na mesma posição. Viu o olhar dele vir em sua direção e não se incomodou. Apenas esperou ele tocar suas fãs e vir até ela logo.

Tinha que ir para a cafeteria trabalhar e já estava ficando impaciente com a carona. Deveria ter pedido para Amber.

— Dá para sair do capô do meu carro. — Não foi um pedido.

Regra n°68Onde histórias criam vida. Descubra agora