prólogo

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Se houvesse algo que Jolie Bailey nunca imaginaria ver em toda sua vida, seria Calvin Sherman, o top 3 da universidade, batendo em Aaron Flynn, seu ex-namorado, em um bar.

— Eu não pedi sua ajuda, Calvin Klein — ela disse, entrando no meio deles, impedindo-os de avançarem um no outro outra vez.  — Eu não preciso da sua ajuda. Sei muito bem me cuidar sozinha.

Calvin desviou o olhar para ela por um momento com uma expressão levemente irritada.

— E quem disse que estou te ajudando? Não faça as coisas sempre se resumirem a você, Bailey. — ele retrucou, o que agora fez ela ficar irritada.

— Então vá embora.

Havia dias que conseguiam se dar bem no dúplex, mas outros que nada parecia mudar.

— Não estou interessado.

Jolie grunhiu, tentando manter a calma.

Babaca.

— Se você não sair daqui, será eu a próxima a te dar um soco na cara.

Uma risada debochada saiu da boca dele.

— Fique à vontade se isso vai te fazer se sentir melhor, Boneca Jolie.

Ela o ignorou, empurrando-o para trás com a mão em seu peito e em seguida se virou para o seu ex-namorado. Aaron não tinha mudado nada desde a última vez que ela teve o prazer de terminar o relacionamento deles.

 No caso, continuava o mesmo tóxico de sempre.

As coisas nunca mudam.

— O que faz aqui, Flynn?

— Ele é seu novo namoradinho? — Apontou para o camisa 68 atrás dela à medida que segurava o queixo.

 — Isso não é da sua conta. Só me responda, o que faz aqui?

 — É claro que é da minha conta. É com esse maldito que você tem passado a noite ultimamente? — Logo após soltou uma risada sem humor. — Caramba, Lie, eu achava que seu gosto fosse melhorar depois do nosso término.

Jolie franziu o cenho. Ela deveria ter algum talento para trazer imbecis para sua vida.

— Vai se ferrar, Flynn — retrucou, virando-se e seguindo para o bar.

Planejava se sentar no balcão e passar o resto da noite ignorando a presença de Aaron e seus amigos. No entanto, antes que pudesse sequer se aproximar, escutou um som de outro soco e alguém caindo em cima de alguma mesa.

Jolie imediatamente se virou e observou seu ex caído no chão, coberto das bebidas da mesa que tinha sido derrubada junto, com Sherman de pé ao lado, encarando-o de cima.

— Encoste um dedo nela e eu juro que vai ser a última que você fará — ele avisou.

Ela ficou olhando para aquela cena por um bom tempo antes de receber o olhar do camisa 68.

Se houvesse outra coisa que Jolie Bailey nunca também imaginaria ver em toda a sua vida, seria seu companheiro de dúplex ameaçando seu ex-namorado por sua causa.

E talvez tenha sido esse o maior motivo que fez ela o odiar tanto.

A forma como ele sempre se importava com ela.

Regra n°68Onde histórias criam vida. Descubra agora