As rodas aceleravam pelas ruas sujas e infestadas de seres mortos-vivos perambulando na caçada a carne fresca. Ainda haviam pessoas correndo, tentando lutar por suas vidas, a confusão era tamanha que o asfalto era manchado de vermelho em diversas partes, carros abandonavam sua utilidade quando o motorista deixa de poder responder por si, fogo era ateado em cantos estratégicos evitando a passagem.
A polícia deu as caras, os cinco poderiam adivinhar, violentos mancadores estavam fardados, ninguém os avisou o que poderiam enfrentar? Alarde e pânico geral, gritos agrupavam os bichos nada racionais, todos iam para cima de um mesmo ponto chamativo sonoro.
O carro passava com certa dificuldade para desviar dos obstáculos mas não chamava tanta atenção, o caos era grande para apenas um veículo roubar a cena, seguiriam para o objetivo, não havia maneiras de voltar atrás.
Torcia para haver respostas.
— Olhem! Um helicóptero! — Momo sinalizou, o veículo de grandes hélices avançava descendo a altitude em direção ao carro do Kim, uma fumaça preta saiu da traseira que perdeu o controle e iniciou um giro descontrolado no transporte voador. — Vai cair! — ela berrou e Namjoon virou bruscamente para a esquerda acelerando o quanto pode, a inércia fez os corpos baterem na lateral direita do veículo, gerando gemidos doloridos.
Uma queda, uma explosão.
— Porra! — Jungkook torceu o tronco para ter a visão da traseira, a explosão atraia os machucadores mesmo sem a certeza de que ali havia alguém para virar janta. Infelizmente um homem chutou a porta visível para o grupo, a pilha de corpos imobilizou suas pernas e o devoraram vivo, fazendo o quinteto ouvir cada urro de dor do piloto inocente.
A sua única certeza, era de que não gostaria de acabar assim.
Jeon ficou inconformado, apertou os dentes e ligou o rádio do carro, precisavam de informações. Após buscar mais tempo que o usual uma estação sincronizada, uma voz robótica anunciava em clara linguagem.
"Alerta vermelho epidêmico no país, fiquem em locais seguros, realizem os protocolos de proteção, iremos superar esse desastre. Não saiam de suas casas. Repito: Não saiam de suas casas. Alerta vermelho. O governo Coreano irá até você."
— Protocolo de segurança o meu ovo! Eles querem que a gente veja essas coisas e coloque uma máscara? Por deus! — Taehyung parecia transtornado.
— Vamos focar no próximo passo — Mingyu sugere, a exposição o gerava ansiedade, cada batida na vidraça e na lataria descompassava a inspiração e a expiração, poderia sufocar de medo. — O centro de tecnologia é na entrada da direita, vamos entrar pelo estacionamento?
— Quase isso, vou tentar invadir a entrada traseira o quanto der — Namjoon explicou passando direto pela entrada e vendo milhares de docentes e discentes sendo atacados, muitos corpos estirados no chão voltavam a recobrar a consciência
— Sana! — Momo avista a amiga correndo para a direção oposta ao carro, intenciona abrir a porta mas tem os braços segurados pelo namorado — Me larga! Chama ela! — a jovem mancava, a panturrilha sangrava e três descontrolados a perseguiam.
O tropeço fatal e dentre os demais sons, as últimas palavras de Sana vão continuar ecoando na mente da amiga, chorando e se debatendo na intenção de não aceitar o destino cruel e a visão de embrulhar o estômago.
— Sai logo daqui Namjoon, vamos meter o pé — Mingyu sofre e deixa os nervos aflorarem através das palavras.
— Não dá. — Jungkook é quem responde — Essas avenidas são engarrafadas essas horas, não vai ter onde avançar e nem onde recuar, se um desses monstros conseguiu chegar lá, acho que você consegue imaginar o que pode ter acontecido. — Por isso temos que atravessar o prédio e isso não dá para fazer de carro, vamos pelo subsolo.
•••
Jimin era guiado pela adrenalina, adormecendo os sentidos para evitar arrependimentos. Segurava com as duas mãos o cano de metal e logo estava na porta da frente, olhava para todos os lados, mesmo deixando os colegas a esse cargo, o medo revirava o seu estômago e subia o seu almoço pelo esôfago.
— Ei... Tem alguém aí? Vocês estão bem? — leves batidas com o punho esquerdo na vidraça da porta, seu rosto e seu olhar varreram o laboratório por dentro e poucos segundos restaram-lhe para entender o que a destruição interior e o sangue no chão e nas paredes significava.
Dois dos monstros saltaram na porta e Jimin quase soltou o pedaço de metal que segurava. O rosto horrorizado congelou com dois passos para trás, chocando-se contra a parede, ao lado direito da porta do laboratório que saiu.
Engoliu em seco, não ouviu os amigos chamando, o som que os grunhidos da primeira sala faziam, atiçaram outros seres e na janelinha ao lado da sua cabeça, mais infectados forçaram a porta vizinha de onde saiu.
A mão de Jimin sofreu uma pressão e suas orbes arregalaram, forçado a sair da crise com a força da segurada do colega de olhar calmo. Antes que pudesse protestar, retornara a segurança da sua sala com olhares preocupados o encarando.
A respiração não saía.
Com a porta trancada, Jackson iniciou uma fricção na região torácica posterior do ruivo, era solução psicológica, mas um toque acolhedor poderia fazê-lo voltar.
Tossiu. Tomou o ar de uma vez só profundamente, aos poucos recobrou a normalidade da respiração e agradeceu.
— Como? Como eles foram infectados? — Mark sentiu que poderiam pensar sobre o assunto que lhe aflige. — Eles já estavam com isso antes de entrar? Mas é impossível não perceber esses sintomas...
— Ou eles foram contaminados lá em cima e quando voltaram não sabiam ainda que se transformariam, ou o fungo, seja lá o que for, já estava dentro deles e apenas foi ativado. — Jackson teorizou.
— Mas se foi só ativado... O que ativaria isso? — silêncio. — Vamos ver se conseguimos mais alguma informação pela internet... — Park deu a ideia e eles pegaram seus celulares.
Sem sinal.
— Merda. Precisamos sair daqui ou vamos ficar presos — o loiro põe as duas mãos no rosto e esfrega sua pele já cansado, mentalmente esgotado e traumatizado. Como estaria sua família?
— Que som é esse? — diversos passos pesados puderam ser ouvidos ao longe, com uma aproximação veloz e ininterrupta, isso alertou cada célula dos universitários, todos eles rumaram para a porta na intenção de espiar a janelinha.
A pulsação das correntes sanguíneas dilatando era sentida por todos os locais ao mesmo tempo, hiper alertas aguardaram o ponto de virada decisivo para o rumo de seus futuros.
Similar a uma manada, aproximava-se desenfreado o que poderia ser o causador do seu fim.
Ou o causador da mudança do seu destino.
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Depois de 250 bpm | Jikook • ZOMBIE
Fanfiction⚠️Alerta de descrição de extrema violência, não recomendado para pessoas sensíveis⚠️ Quando uma empresa de produtos fitness desrespeita a ética humanitária e passa a fazer experimentos não autorizados em seres humanos para alcançar o super-homem e r...