No pescoço

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Oi gente! Se tiver alguém aí lendo, espero que estejam gostando, os dois últimos caps foram meus favs até agora :')

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Caminhando entre a mata, cada pegada pesada era audível no ruído das folhas secas desfazendo-se. Árvores altas, vegetação úmida e densa, ótimo lugar para se esconder e passar despercebido tanto na luz quanto no escuro.

— Ali! Parece uma chaminé! — Momo aponta para um cano gigantesco aparentemente de concreto a metros consideráveis de distância. Uma fábrica.

Organizando a direção espacial, marcharam com destino certo desta vez.

— Estão sentindo esse cheiro? — Taehyung questiona em careta desgostosa, o nojinho veio para comandar a cabine de controle.

— Sou eu, desculpa. — Mingyu levanta o braço e confere de baixo do sovaco.

— Não idiota, é cheiro de... whey protein? — a interrogação contorcida ficou comum ao grupo.

— Whey? Essa porcaria subiu para o seu cérebro é? — Namjoon questionou desdenhando, absurdos eram ditos o tempo inteiro, mas aquele estava demais.

— Mas eu tô falando sério! É o cheiro específico daquele whey protein famoso... — coçou a nuca tentando recordar — Não vem o nome na cabeça! — sentiu-se frustrado.

— Isso é um trilho? — Jimin indaga em voz alta para chamar atenção do coletivo. Aponta o chão e segue com o olhar a continuação, vendo de longe um vagão.

Jeon avançou na frente para verificar a cúpula de metal. Taehyung encara as costas do atleta e avança na velocidade dos passos apontando para uma das maiores logos na camiseta de treino.

— BioMutant Foods! — a satisfação por ter lembrado o animou ligeiramente — É o mesmo cheiro daquele saquinho de whey novo deles que estava todo mundo tomando.

— Ah, eu tomei desse também... — Yoongi comentou, sua visão periférica estava ativa, não se sentia mais tranquilo em lugar nenhum, mesmo que aquela mata estivesse aparentemente limpa e livre de carne podre.

— O sabor é gostosinho — Momo finalmente associou o cheiro ao gosto que Tae mencionou.

Galhos quebrando a metros dos universitários gerou disparo de adrenalina, batimentos acelerados na caixa torácica, o coração parecia não caber devido a intensidade de suas pulsações.

Os olhares trocados traduziram uma única palavra: silêncio. Os pés achavam caminhos úmidos e fugiam das plantas secas e galhos espalhados, na intenção de evitar mais sons que pudessem confundir sua sanidade, evitando surpresas desagradáveis.

Os lábios de Jimin foram esmagados por seus dentes, a pressão subia e seu pescoço poderia travar de tanta contração depositada na área.

Mãos suando.

Na chegada ao lado da cabine do metrô descarrilhado, a natureza tornou a dominar os bens arrancados de si no processo de extração da matéria prima para a feitura do veículo veloz.

Algo bateu delicado no assoalho de vidro e a espinha do grupo sofreu severas descargas elétricas instintivas.

Sem ao menos um preparo psicológico anterior, o mistério pula aos pés de Mingyu que também se encontrava mais a frente, este acaba chutando no reflexo gerado pelo susto mas Momo deixa a mão no peito com o sobressalto involuntário correndo até o animal acertado.

Depois de 250 bpm | Jikook • ZOMBIEOnde histórias criam vida. Descubra agora