Em uma partida de tênis, os poucos elementos rendem inúmeras informações, velocidade, distância, força, probabilidade. Uma única bolinha verde, com espessura singular, trás milhares de possibilidades ao jogador que tem seus olhos atentos e precisos, conseguindo estipular sua trajetória antes da concretização da mesma.
Em um mundo quebrado, os diversos agentes do mal, mancadores, governo, fungo, medo, a morte. Um passo em falso pode colocar tudo a perder, o raciocínio nem sempre consciente precisa decidir um caminho, indecisão pode vir a ser fim. A trajetória não pode ser estipulada e congelada, deve-se agir com maestria nas adversidades.
— Venham. — Namjoon guia o grupo para a passagem subterrânea, participou uma vez de um experimento físico com colegas de engenharia química, visitou o local com frequência.
Adentraram o prédio e no corredor da área de acesso ao subsolo eles viram muitos transformados.
Os olhares perguntavam-se o que deveriam realizar para prosseguir.
Momo avistou uma barraca de metal, os amigos estavam na esquina do corredor, precisava que os bichanos saíssem mesmo que por poucos instantes. Seu rosto borrado de maquiagem pela choradeira não impediu o raciocínio demasiado ardiloso.
Arrancou os quatro aneis que usava e jogou um depois do outro na placa de metal, causando um som estridente e chamativo.
Muitos monstrengos correram na direção do som, na parte de fora do corredor, deixando passagem livre. Ninguém pensou duas vezes antes de correr atrás de Namjoon.
Entretanto, o único atrasado com dificuldade de locomoção ficou por último, recebendo uma finalização de uma raquete de tênis. A atitude chamou atenção de mais seres, somados aos tênis chocando-se contra o chão pela velocidade da corrida, de uma hora para outra havia uma horda atrás deles.
— Por aqui! — Namjoon apontou para uma escada subterrânea, os cinco passaram e ele mais Taehyung fecharam a porta de acesso ouvindo milhares de corpos se chorando contra a madeira, os trincos não aguentariam.
O cansaço e a desesperança abraçavam os discentes sortudos. Perdidos, a porta iria ceder e ninguém mais sabia se haveria um local seguro para respirar por perto. O rachar da madeira os fez descer as escadas correndo e continuar a maratona em um corredor que seguia para a direita.
— Eu não consigo mais. — Mingyu sentia os brônquios do seu pulmão desistindo aos poucos — Continuem! — os olhares preocupados e o gosto amargo na língua deixava aflito os companheiros.
— Anda logo Mingyu porra! — Momo pega sua mão e o puxa para avançar preocupada — Merda... — os sons de animais famintos se aproximava.
— Eu... sequer consigo... respirar — a falta de ar o acometia, tinha medo de ser um peso e atrapalhar o grupo, preferia que eles estivessem cientes que não era para lutar por si.
— Não! — Momo vê os mortos chegando, mais atrás do corredor, enquanto os outros meninos estavam mais a frente.
Destravada.
Uma das portas é destravada e um garoto ruivo sai de dentro dela e puxa para dentro a primeira pessoa que vê na sua frente, um indivíduo que segurava uma raquete.
Milissegundos são necessários para as orbes encontrarem seu encaixe e o toque arrepiar toda e qualquer estrutura da dupla.
Ao largar do puxão, Jimin faz o mesmo com os outros dois mais próximos e berra para que o casal entre no laboratório também.
Nas suas últimas forças, Mingyu corre debilitado para dentro junto de Momo, Jimin sente um dos monstros agarrando seu tornozelo antes que pudesse adentrar novamente mas um chute bem dado e costas largas empurrando seu corpo para dentro o deixaram tonto.
Ambos os jovens chocaram-se conta o armário na diagonal da entrada pela tamanha força utilizada, as respirações fortes e o coração pulsando desorientado mantinha as posições atuais.
Jackson e Mark pegaram alguns papéis e taparam a janelinha transparente, evitando que os infectados conseguissem ver o interior da sala. A atitude foi surpreendentemente sucedida, os bichanos ficaram mais calmos e silenciosos.
— Mingyu! — Momo viu o namorado perder as forças nas pernas e sentar no chão, ambos passaram pela experiência de quase morte. Ela ajoelhou na frente do estudante de nutrição e colocou a mão em seus ombros para respirarem juntos.
Park Jimin automatizou as suas tomadas de decisão desde o instante que cruzou a porta aberta. O cheiro natural do jovem que estava próximo demais apaziguava as moléculas agitadas, também tinha sua respiração normalizada acompanhando o atleta de porte grande e seu tronco encaixado na estrutura forte.
Um pigarro audível quebrou a linha de recuperação do Park e este deu dois passos para trás. Jeon virou-se para analisar sua última esperança e engoliu em seco sem nem mesmo entender a razão da estranheza e das vontades intrínsecas.
— Jimin! — Taehyung finalmente tem a oportunidade de fazer seus olhos encontrarem com os do ruivo, ambos apressaram-se para entrelaçar os braços em um abraço apertado. — Você tá vivo! E me salvou!
— Estava preocupado... — murmurou o o ruivo, que tinha uma estatura levemente menor que a do amigo, deixando seu rosto bem próximo do ombro dele. — Vocês estão bem? — questionou se afastando delicadamente.
— Sim, graças a vocês — Namjoon se manifestou olhando para todos os presentes, a sala era pequena para oito pessoas mas era possível visualizar como um todo.
— Como chegaram até aqui? — Mark perguntou, sabia que a situação poderia estar feia lá em cima, por mais que nenhum dos três tivesse saído para averiguar a verdade.
— Estávamos no prédio de educação física, viemos de carro, sabíamos que se passássemos pelo subsolo poderíamos sair atrás do prédio e tentar entrar no mato para buscar ajuda. — Namjoon explicou o plano em resumo.
— Mas e aqueles monstros? Como escaparam deles? — desta vez Jackson foi mais rápido e curioso.
— Sorte eu acho — Jungkook deu seu palpite — Está uma confusão danada lá em cima, ninguém sabe no que prestar atenção, todos estão correndo para lados diferentes, temos que sair do campus.
— Acho que agora vamos precisar de um pouco mais do que sorte — Jimin encara a janelinha tampada no improviso.
— Tem outra saída aqui dentro? — o jogador de tênis questiona dando uma olhada vem volta da sala cheia de aparelhos para medições e experiências.
— Não. — o ruivo foi sucinto — Mas imaginei que pudéssemos fazer uma.
A interrogação presente no rosto de todos trás incentivo para Park abrir seu plano para os demais.
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Depois de 250 bpm | Jikook • ZOMBIE
Fanfic⚠️Alerta de descrição de extrema violência, não recomendado para pessoas sensíveis⚠️ Quando uma empresa de produtos fitness desrespeita a ética humanitária e passa a fazer experimentos não autorizados em seres humanos para alcançar o super-homem e r...