Sexo ou Donuts ?

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Crixus Conahan

Colocamos Sarah Awkward no topo da lista de transplantes, mas o tempo corria contra ela.

O que não era uma boa notícia.

Mas como bom egocêntrico que sou, a única má noticia que me importava era a rejeição de Selenia, minha supervisora baixinha e atrevida, que eu tinha vontade ora de dar uns tapas, ora de beijar e beijar.

Okay, isso soou como um maldito adolescente apaixonado, mas não se engane, porque o fim da linha de qualquer mulher, é 6 da manhã na minha cama. Porque eu preciso de uma hora para dormir e uma para me arrumar.

Isso me fez lembrar de Ava. A mulher que conseguiu me amarrar, pela sua experiência, tanto na medicina quanto na cama.

Ela não era de falar muito. Lavava louça, dormia a maior parte do tempo no hospital e quando não eu dormia, ela me amava, eu amava-a, mas nós concordamos que não precisávamos dizer em voz alta.

Eu a traí uma vez, foi apenas uma questão de carência, algo da natureza do homem, entende, sem sexo nós não sobrevivemos. Mas ela entendeu, o que me fez a amar mais ainda. Ela era tão egoísta e egocêntrica quanto eu. Nós formávamos um casal perfeito.

Meu único problema sempre foi meu pai.

Minha mãe não tinha muita voz em casa então não era tão difícil contorna-la, mas meu pai, se a sua vontade não fosse feita... bom, ninguém sabe o que acontece, já que a vontade dele sempre foi feita.

Meu pai odiava Ava, não como pessoa, mas pelo fato de eu ter me casado com ela. Eles nunca se deram bem e ele só parou com seus discursos quando ela adoeceu, e para a felicidade dele, acabou morrendo.

- Está tudo bem? – Escuto sua voz, depois de passar horas, atendendo pessoas apenas com gripe, enquanto ela acompanhava tudo calada.

- Porque não estaria? – Perguntei saindo das minhas memórias, sem tirar os olhos do computador.

- Você parece longe... quer conversar? – Me virei para encará-la. – Você estava chorando...

Hein? Passei a manga da camisa em meus olhos...

- Eu não estava chorando eu...

- Desculpa, desculpa, desculpa... – Ela correu até mim e colocou suas duas mãozinhas em meu rosto, me olhando preocupada. Me levantei.– Eu não te beijei por mal, sério, foi sem querer, eu não sabia que você ia ficar assim. – Eu podia interrompê-la, e dizer que não estava chorando, e que meus olhos lacrimejam quando eu estou com sono, mas me surpreendi, por gostar de ter sua atenção, não de tê-la preocupada, mas de tê-la perto, então fiquei calado, ouvindo seus pedidos de desculpas. – Me desculpa mesmo, é que eu tenho um namorado... bom um ex namorado, eu o... eu gosto muito dele, e não estou pronta para partir para outra, se é que me entende... Crixus, fala alguma coisa? – Sorri para ela.

- Você chama aquilo de beijo? – Colei meus lábios nos dela, a levando em direção á parede.

Agarrei-a e dei um impulso, fazendo-a rodear minha cintura com suas pernas, sem separar minha boca da sua.

Momentos depois eu quis matar alguém.

Alguém não, um gás, chamado oxigênio, pois a falta dele ocasionou em um desastre global:

Eu tendo que me separar daquela pirralha maravilhosa.

- Ta desculpada. – Ri de como seu rosto estava vermelho, ela não conseguia me encarar.

- Eu, er... beber água vou eu, er... não... quer dizer... eu vou... beber água. – Ela saiu rapidamente me deixando parado.

Rindo comigo mesmo.

AmávelOnde histórias criam vida. Descubra agora